As novas escolas só não têm terra para jogar ao berlinde
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É do caos instalado que se queixam os pais que esperam junto ao centro escolar às 17.30. Alguns jovens dizem não ter almoçado, porque os alunos da primária, que sobem até ao refeitório da escola dos grandes, tiveram de comer primeiro. Os pais, encostados à grade, aguardam que lhes passem os filhos para o lado de cá, enquanto os que seguem para as aldeias tentam encontrar lugar na carrinha de regresso. Para transportar quase metade dos 250 alunos para as aldeias, estão oito autocarros à porta do centro, com as auxiliares a procurar os meninos, numa confusão de pó, gritaria e fumo de escape. Um pai de etnia cigana aguarda pela filha numa carroça puxada a burro.
As críticas ao funcionamento do novo centro não se ficam pela voz de pais e alunos. José Luís Correia, presidente da autarquia, herdou o projecto e não lhe poupa reparos: a escassa e sombria área de recreio, a falta de refeitório e o acesso exterior, e de balneários. E lamenta que seja esse o destino das aldeias, já altamente marcadas pelo despovoamento. "Não quero ser pessimista, mas este é um mal que não queremos ver. Começou nas aldeias, vai passar para as vilas e depois para as cidades. Resta o litoral do País."
No DN
1 comentário:
A carroça de tracção animal está ausente de fumos de escape!
Os autocarros de transporte às crianças, nas cargas e descargas, deviam estar com o motor parado.
Assim não haveria inalação de gases tóxicos. mj
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