11 outubro 2008

Pensar dos leitores

(...)
Muitos estão convencidos de que o futuro brilhante de Carrazeda está dependente das auto-estradas. Eu acho que com elas Carrazeda desaparece mais rapidamente como concelho. Sabem quando Carrazeda tinha mais movimento e vida própria? Quando estava fechada ao mundo e quando as pessoas não tinham meios de sair daí.

Agora,já os de fora que aí trabalham já aí não residem e antes residiam.
Com as auto-estradas será pior.E por isso eu temo que Carrazeda desapareça.Mas, claro, as auto-estradas têm sentido de um ponto de vista nacional ou europeu, que é o ponto de vista que devemos ter, independentemente do que possa acontecer a Carrazeda,:- As auto-estradas irão facilitar a ligação de Espanha e França ao Porto e a Lisboa. Se querem preservar Carrazeda, então deviam pedir apenas uma boa ligação ao Pópulo. Era este o meu raciocínio.
Acham que com as auto-estradas e o IC-5 irão aumentar grandemente as visitas ao Castelo? Vai ser uma enxurrada de gente!
Não tratem de conseguir em Carrazeda vida própria e vão ver o que vai acontecer.
As minhas saudações cordiais.
JLM

11 comentários:

Anónimo disse...

Se os habitantes de outros concelhos deste país, que se desenvolveram imenso por terem bons acessos por auto-estradas e ICs, pensassem como este JLM, nunca teriam saido da cepa torta. Então as modernas vias de comunicação não contribuem para o progresso sustentado do país? Essa é boa. Mas pronto, são opiniões.

Unknown disse...

Do país,diz bem.Mas não de todos os lugares em concreto.
JLM

Anónimo disse...

concordo consigo, em parte, até porque basta olhar para o alentejo, repleto de acessibilidades e desertificado como o interior norte....passe no meu cantinho e comente;)

Anónimo disse...

Processo da Noite Branca roubado
12 de Outubro de 2008, 11:23

A casa da Procuradora da República Helena Fazenda foi assaltada quinta-feira, revela hoje o Correio da Manhã.

Entre os dados e informações do Ministério Público guardados no computador portátil de trabalho da procuradora Helena Fazenda estavam, por exemplo, os grandes trunfos da Acusação no processo ‘Noite Branca’, resultado das investigações à vaga de homicídios no Porto.

A informação sobre os crimes do Porto está agora nas mãos dos ladrões, havendo o perigo de acesso à identidade de testemunhas e conteúdo de escutas telefónicas.

As escutas envolvem Bruno Pitá, o principal elemento do Gang da Ribeira.

Unknown disse...

Cara Índia:Há pouco tempo,a conversar com uma pessoa que trabalha em Montemor-O- Novo ela me dizia isso mesmo:não é por falta de estradas que o Alentejo continua a desertificar-se.
JLM

Anónimo disse...

Sem o ESPAÇO não haveria transportes aéreos.
Não há dúvida....MJFIEL

Anónimo disse...

Por vezes parece que não falamos do mesmo assunto...
Caro JLM:
O que está programado é muito parecido com o que ambiciona...
Transformação do IP$ em auto-estrada e a tal boa ligação ao Pópulo é o tal de IC5...
Ou não é assim?????

Ateu

Anónimo disse...

E o que nos diz sobre o assunto o cónego Mesquita?

Unknown disse...

Certo.O IC-5 é bom.A A-4 e o IP-2 também o são.Só que Carrazeda tem que preparar-se para as alterações que isso acarreta.O desenvolvimento de Carrazeda não vai acontecer pelo simples facto da abertura dessas vias se realizar.Não.Dadas as maiores facilidades de deslocação até pode acontecer que deixe de se justificar a existência de Carrazeda como concelho.
Para evitar essa consequência,muita coisa tem que ser feita e não vai acontecer por milagre.O que eu digo é que parece que, à medida que se moderniza,Carrazeda(o concelho) vai desaparecendo.Como não temos sabido enfrentar a modernidade,eu dizia, um tanto em tom provocatório ,que,se calhar,era preferível manter um certo isolamento,para que Carrazeda permaneça.
JLM

Anónimo disse...

Caro JLM:
Concordo com essa sua visão cruel do futuro!
É de tal forma cruel que agora acha (achamos) na tal visão nos leva a pensar que seremos menos desgraçados sem IC5 - A4 etc. etc.
Sim, desgraçados...
E porquê:
Demos as voltas que dermos o meu eu, por idiotismo? Abouquice? Razão? (que mais, sei lá)desagua sempre no mesmo rio!
No rio da incompetência, do campadrio e permita-me, da tacanhês frívola. Enfim... do quero posso e mando que o nosso timoneiro desejou ao ponto de colocarmos em causa o beneficio de novas vias de comunicação!
E,
permita-me clamar por Deus... por que isto não é real.
deixe-me bater novamente no cego;
Como "nós" não fomos capazes de DESENVOLVER e esta palavra é importantissima, o nosso concelho aproveitando as capacidades que todos conhecemos de forma a que fosse apetecível para o mundo exterior é óbvio que os IP'S e as A.E. acabarão por levar a massa humana que ainda nos resta.
Vila Real, Bragança, Porto (ex.) são cidades que JÁ SE PREPARAM para "nos" receber...
Mas caro amigo:
Permita-me que assim o trate.
Eu sou justo epago pelos meus erros e a justiça necessária para os nossos actuais e anteriores representantes não se pode resumir à do simples voto.
Terá que haver algo mais para fazer porque "nós" depositámos confiança e pagámos-lhe para trabalhar pelo nosso concelho,
e,
quando se paga exige-se!
Eu não me contento com piscinas cobertas, centros civicos, feiras etc. etc.
Não;
Eu prefiro a ferramenta... o trabalho faço eu!

Cump's

Ateu

Anónimo disse...

Estamos a assustar as pessoas!»
Torre de Moncorvo

Barragem do Baixo Sabor inflaciona rendas de casas

É um efeito negativo da construção da barragem do Baixo Sabor em Torre de Moncorvo: grande inflação nos preços de arrendamento de casas.

O autarca local pede para não se confundir oportunidade de negócio com ganância.

\"Estão a ser pedidos 600 euros mensais por um T3. Por uma casa T4 numa aldeia foram pedidos mil euros. E por uma casa antiga recuperada, com cinco quartos, foram requeridos inicialmente 1300 euros por mês (mas já baixaram para 900)\", exemplifica o presidente da Câmara Municipal, Aires Ferreira, que faz um misto de denúncia e aviso: \"estamos a assustar as pessoas!\"

Esses potenciais arrendatários das casas são os diversos técnicos e administradores que o consórcio que ganhou o concurso para construir o aproveitamento hidroeléctrico, composto pela empresa Bento Pedroso Construções e pelo Grupo Lena, vai ter a viver em Torre de Moncorvo, durante o tempo que durarem as obras.

Ao contrário do que aconteceu aquando da construção da barragem do Pocinho, no rio Douro, em que todo o pessoal envolvido ficou acomodado no estaleiro, Aires Ferreira diz que, desta vez, as empresas pretendem colocar os técnicos a viver nas localidades.

E isto significa que apenas os operários vão ficar instalados em dormitórios num estaleiro que vai ser montado junto à aldeia da Póvoa.

Até aqui tudo bem, porque, segundo Aires Ferreira, \"interessa ao concelho ter lá instaladas as pessoas ligadas à barragem\". O problema que não anteviu, foi tamanha especulação no arrendamento de casas em Moncorvo, o que o faz lamentar: \"fica quase mais caro arrendar aqui uma casa do que no centro do Porto\".

Como se não bastasse, \"já há gente a procurar casas em Vila Nova de Foz Côa\", onde o efeito já se notou, ao ponto de o mesmo fenómeno começar a alastrar à cidade das gravuras.

Não admira que o interesse possa recair então no concelho de Vila Flor. Aires Ferreira admite mesmo que director técnico da obra esteja a tratar de ficar a viver neste concelho durante a fase de construção da barragem.

Entretanto, a Sociedade de Gestão Hoteleira do Douro Superior, que é proprietária de 26 imóveis do antigo bairro mineiro do Carvalhal, a oito quilómetros de Moncorvo, \"chegou a acordo com a Bento Pedroso para ocupar aquelas casas que foram acabadas em 1985 e nunca foram utilizadas\". A recuperação das habitações iniciou-se na passada terça-feira, sendo que parte delas estarão aptas a habitar até ao final deste ano, e as restantes durante o mês de Janeiro de 2009.

Segundo o autarca, as obras decorrem a cargo da firma Bento Pedroso, que em contrapartida não paga renda pelas casas durante a sua ocupação. O negócio entre as partes representa um valor de 450 mil euros e faz adiar a transformação do bairro das minas num aldeamento turístico.

Pelo menos até que a barragem entre em funcionamento, dentro de cinco anos. Nessa altura, a Sociedade de Gestão Hoteleira do Douro Superior - composto pela autarquia de Moncorvo (20%) e mais seis privados - volta a ficar em posse das casas do bairro mineiro.

Em jeito de aviso final, Aires Ferreira observa: \"o negócio pode ser bom para ambas as partes e a ganância pode deitar tudo a perder\". O autarca espera que os munícipes tenham bem presente que \"a barragem não é a sorte grande, é apenas uma oportunidade de negócio\". Sublinha ainda que \"a especulação das rendas das casas não beneficia Moncorvo e cria má imagem, podendo a oportunidade escapar-se por entre os dedos da mão\".

Eduardo Pinto in JN, 2008-10-05