24 setembro 2005

DIGGING IN THE DIRT



Um dos grandes desafios deste blog — nos moldes actuais, já o disse neste espaço, (Cf. PREDADORES 1, 2), é tornarmo-nos todos repasto dos mortos-vivos, esses zombies do criador do cinema de terror moderno, George Romero, e permitir que esta nos seja uma ''Terra dos Mortos". Aldeia Global... Palestina. Israel. Tchechénia. Carrazeda. Que todos os bombistas-suicidas aqui venham deflagrar as suas bombas,

eu já avisara o prof. José Mesquita, nas nossas tertúlias ao fim da tarde. O meu modelo para o 'pensar ansiães' é ser mais literal. Como Levinas: o senso comum, a moral, não estão como disse o meu caríssimo dr. João Lopes de Matos, na Filosofia e na Ciência. E todos os juízos primários, superficiais, todos os afectos politicamente incorrectos não caberiam aqui. Aliás, até poderia haver um letreiro no pórtico a dizer: MALES DE INVEJA? PAIXÕES DE MORTE? Não pare. Vá sempre-sempre em frente até dar a... uma ervanária desse Vilar das Perdizes. CAÇA ÀS BRUXAS? Não é aqui. Vá a uma biblioteca e peça uma-qualquer Enciclopédia. A entrada: aquela — Senador Macarthy.
Já o modelo alternativo que proponho é bem outro: o convite a todos os ilustres carrazedenses para colaborarem e ajudarem o concelho a mudar, literalmente: ‹‹mudar-se››, como prescreve o dr. João Lopes de Matos em ''Filosofia e Ciência''. Todo o mudar-se que é na coisa 'pensada', pois sempre seremos outros ao fim da viagem: após a leitura do pensamento de cada um
e _ _ todos: do engº Pedro Cordeiro, do Joaquim Ribeiro, do J. P., da dr.a Otília Lage, do dr. Hélio Moreira, do prof. Hélder Rodrigues, do dr. Fernando Figueiredo, do engº Gilberto Pinto, do prof. Gil, do dr. Américo (esses são os que conheço, além dos meus companheiros de estrada), mas tantos outros haverão como exemplos maiores dos restantes, abrindo até a pessoas da região como o meu colega e amigo António João do Carmo, sob pena de ficarmos in the dirt, escavando constantemente na imundície, como ao título da canção de Peter Gabriel, em metáfora amorosa para as ratazanas da Lisboa de Adolfo Luxúria Canibal — re_
mexendo constantemente ‹‹por entre as sombras e o lixo››.

Vitorino Almeida Ventura

2 comentários:

josé alegre mesquita disse...

Dê o exemplo.
Por agora manter-nos-emos até mais exageros.
Logo mais veremos!

josé alegre mesquita disse...

O blogue é de todos os que aqui vêm de boa vontade.
Quantos aos "apagões" não é tão linear como o que diz.
Há cerca de trinta anos que aprendi a navegar contra a corrente. Mexericos sobre mim, houve alguns. Muitos aprenderam a respeitar-me como sou. Não me arrependo da frontalidade e da coerência. "Pense Ansiães" e nunca se arrependerá!