14 julho 2014

Troquem-se as lâmpadas, mas poupe-se na luz


O programa Oficinas Domiciliárias em Carrazeda de Ansiães, com mais de quatro anos, foi criado “para ajudar de forma gratuita os idosos carenciados do concelho a realizarem pequenos trabalhos domiciliários” e “o serviço é prestado por funcionários camarários a quem solicitar e inclui desde a substituição de lâmpadas, vidros ou portas ou o transporte de eletrodomésticos para reparação”.

Sabemos agora que o plano “não estava a ter a adesão esperada”, embora a notícia do Público avance que o senhor presidente da câmara “não soube quantificar quantos idosos já foram apoiados”, nem quantos se pretendia ajudar.

Por causa das poucas lâmpadas trocadas, dos escassos vidros partidos, da falta de portas estragadas e da insignificância de casos de avaria de eletrodomésticos, o município decidiu celebrar “protocolos com instituições de solidariedade social para ajudarem a identificar e encaminhar os processos de eventuais beneficiários”.


Ficou a garantia que todos aqueles que foram contemplados “ficaram agradados pelo gesto e também porque sempre é algum dinheiro que poupam, além de poderem contactar com alguém”. Pelos vistos, ofuscados pela luz provocada pela troca da lâmpada e penalizados pela conta da eletricidade, não contaram ao vizinho, que assim continuou a permanecer no escuro, mas a poupar na fatura elétrica.

1 comentário:

Anónimo disse...

boa tarde

esta é uma iniciativa muito boa, mas tenho pena que o sr. Presidente não consiga ver a situação desumana em que se encontra um jovem na aldeia de vilarinho da castanheira, mesmo ao lado da casa da mãe do Sr. presidente, que se encontra numa cadeira de rodas, sem acesso a uma casa de banho(a casa bastante degradada, tem casa de banho mas no exterior, e e com escadas pelo caminho). estes já por diversas vezes solicitaram apoio á câmara municipal, tendo sido sempre negado (guerras familiares, quem sabe???)e que culpa tem este rapaz??
Ainda o vamos ouvir dizer um dia que não tinha conhecimento dessa situação, senão já estaria resolvida.
Não me identifico, para a minha familia não sofrer represálias..
mas se alguém (com mais poder e vontade) quiser ajudar, estarei cá para dar a cara.