02 junho 2014

O grande problema

O grande problema de Trás-os-Montes “é a falta de emprego”, afirmou Luís Braga da Cruz, antigo ministro da Economia e ex-presidente da Comissão de Coordenação Regional do Norte (CCDRN), no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), à margem da abertura da Semana da Tecnologia e Gestão, na passada segunda-feira. 
(...)
Perante isto, defende que “face à pressão demográfica e à desertificação são necessárias políticas, porque não se podem deixar morrer os problemas como se o mercado se encarregasse de os resolver”, acrescentou.

Braga da Cruz salientou que as políticas públicas não podem deixar de “ter um olhar especial” para como criar as condições objetivas para estas regiões se desenvolverem. 
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 Luís Braga da Cruz acredita que é uma conciliação entre duas coisas indispensáveis: “política pública, isto é iniciativa por parte do governo que tem de ser sensível às áreas mais deprimidas do país, pois têm tendência a ficar sem pessoas, e, por outro lado, dar estímulo aos agentes económicos para poderem atuar.

Ora para isto é necessário haver competências, equipamentos, infraestruturas e acima de tudo valorizar a função empresarial”, justificou.

5 comentários:

Anónimo disse...

Tudo demasiado vago! As pessoas estão já a pensar que todas as vilas e aldeias podem desenvolver-se se o governo quiser. Só uma pergunta: poderão mesmo todas as localidades ter o mesmo desenvolvimento?
JLM

mario carvalho disse...

o grande problema de TM é a falta de emprego... e o do resto do país?Deve ser falta de trabalho....!

Porque será que estes senhores ex ministros e ex responsáveis por tudo e mais alguma coisa só têm ideias e vontade de actuar quando já não são nada ou muito pouco?!

O almoço foi bom de certeza.. essa é uma realidade transmontana que se mantém ... dar o melhor que se tem aos de fora ... os da terra fazem os sacrifios... só para botar figura!

JDC disse...

Quando li a sua publicação, caro José, lembrei-me automaticamente de duas publicações do meu blog (uma minha, uma de um companheiro meu):

http://tricontraditorium.blogspot.com/2013/08/a-agricultura-nao-e-o-el-dorado-de.html

http://tricontraditorium.blogspot.com/2013/09/microeconomias-da-agricultura.html

Porque me lembrei destes dois exemplos? Pelo simples facto que toda a realidade tem diversos pontos de vista. Segundo Luís Braga da Cruz, o problema transmontano é a falta de emprego. A meu ver, existe emprego em Trás-os-Montes para todos que o queiram... O que não há é empregos de sonho!

Numa região onde o nível de vida é dos mais baixos do país, o custo da mesma também o é. Daí que seja mais vantajoso receber 700€ em Trás-os-Montes do que 1000€ em Lisboa... Agora é óbvio que o trabalho disponível em Trás-os-Montes neste momento não é qualificado (na sua esmagadora maioria), mas pode vir a ser já que desenvolvendo a região em torno de actividades menos qualificadas teremos sempre serviços de apoio qualificado (Contabilidade, Advocacia, Educação, Saúde, Desenvolvimento Técnico e Tecnológico, ...).

Claro que para que tudo isto aconteça é necessário que muito mude, quer do lado que quem trabalha, quer do lado de quem dá trabalho. Uns devem ter noção que trabalhar em Trás-os-Montes não é o mesmo que trabalhar em Lisboa ou Porto, outros devem ter noção que há que dar condições a quem trabalha (não só salário, como também segurança e ferramentas para o mesmo). Além disto, temos o Estado, quer a nível central quer a nível local, que deve deixar de ser uma força de bloqueio e deve incentivar a actividade económica, seja com incentivos monetários, seja com incentivos operacionais (infraestruturas de apoio, transparência nos processos, desburocratização, etc.).

JDC disse...

Quando li a sua publicação, caro José, lembrei-me automaticamente de duas publicações do meu blog (uma minha, uma de um companheiro meu):

http://tricontraditorium.blogspot.com/2013/08/a-agricultura-nao-e-o-el-dorado-de.html

http://tricontraditorium.blogspot.com/2013/09/microeconomias-da-agricultura.html

Porque me lembrei destes dois exemplos? Pelo simples facto que toda a realidade tem diversos pontos de vista. Segundo Luís Braga da Cruz, o problema transmontano é a falta de emprego. A meu ver, existe emprego em Trás-os-Montes para todos que o queiram... O que não há é empregos de sonho!

Numa região onde o nível de vida é dos mais baixos do país, o custo da mesma também o é. Daí que seja mais vantajoso receber 700€ em Trás-os-Montes do que 1000€ em Lisboa... Agora é óbvio que o trabalho disponível em Trás-os-Montes neste momento não é qualificado (na sua esmagadora maioria), mas pode vir a ser já que desenvolvendo a região em torno de actividades menos qualificadas teremos sempre serviços de apoio qualificado (Contabilidade, Advocacia, Educação, Saúde, Desenvolvimento Técnico e Tecnológico, ...).

Claro que para que tudo isto aconteça é necessário que muito mude, quer do lado que quem trabalha, quer do lado de quem dá trabalho. Uns devem ter noção que trabalhar em Trás-os-Montes não é o mesmo que trabalhar em Lisboa ou Porto, outros devem ter noção que há que dar condições a quem trabalha (não só salário, como também segurança e ferramentas para o mesmo). Além disto, temos o Estado, quer a nível central quer a nível local, que deve deixar de ser uma força de bloqueio e deve incentivar a actividade económica, seja com incentivos monetários, seja com incentivos operacionais (infraestruturas de apoio, transparência nos processos, desburocratização, etc.).

mario carvalho disse...

BARRAGEM DE FOZ TUA
Patrícia Posse Ligado 03 Junho 2014. Publicado em Notícias
Barragem de Foz Tua
BARRAGEM DE FOZ TUA DEVERÁ ESTAR CONCLUÍDA EM 2016

Luís Ramos quer ver salvaguardada a classificação do Douro como Património da Humanidade

Face ao avanço das obras da barragem de Foz Tua, o deputado Luís Ramos quer certificar-se de que tudo está a ser feito para preservar o estatuto de Património da Humanidade do Alto Douro Vinhateiro. Por isso, na próxima semana, vai reunir com a presidente da Comissão Nacional da UNESCO, com o Secretário de Estado do Ambiente e com o Presidente da CCDR-N.

“Está a decorrer a fase final do Estudo de Impacto Ambiental da Linha de Muita Alta Tensão, que ligará a Barragem de Foz Tua à Rede Eléctrica Nacional, e quero fazer um ponto de situação sobre o processo e os cuidados que estão a ser tidos para respeitar os compromissos que Portugal assumiu junto da UNESCO para a gestão e conservação da paisagem cultural do Alto Douro”, explica o deputado social-democrata.

A 12 de Junho, Luís Ramos encontrar-se-á com a embaixadora Ana Martinho, que preside à Comissão Nacional da UNESCO, e com o Secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos. O presidente da CCDR-N, Emídio Gomes, recebe o deputado a 13 de Junho.

Luís Ramos pretende que as entidades com quem vai reunir lhe garantam que “não há razões para preocupação e que todos os procedimentos e requisitos exigidos ao Estado Português estão a ser cumpridos”. “Espero obter informação detalhada sobre a situação em que se encontra o Estudo de Impacto Ambiental, os passos seguintes e o timing para a conclusão deste processo”, sublinha.

O deputado, eleito pelo círculo de Vila Real, tem acompanhado o dossier do Douro Património da Humanidade desde o início da legislatura (em 2011), quer na Comissão Parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, quer na Comissão de Economia e Obras Públicas.

“Qualquer tipo de ameaça que coloque em risco o estatuto de Património da Humanidade será dramático para a região. Desde logo pelos danos que causará na sua imagem e notoriedade mundial, afectando o seu potencial de atractividade turística. É esta ameaça que temos de afastar a todo o custo e prosseguir o trabalho para que o Douro, e sobretudo a sua economia e as suas populações, possam retirar do Património Mundial todas as vantagens de desenvolvimento que este estatuto encerra”, conclui Luís Ramos.

Recorde-se que o Comité Mundial da UNESCO aprovou, em Junho de 2013, o projecto de deliberação que compatibiliza a Barragem de Foz Tua com a classificação do Douro Património Mundial.
barragem do Tua