28 agosto 2013

Leituras de fim de verão: Aquilino Ribeiro

“Estes ciprestes, quando nos dias de Inverno eu ia esmurrar o nariz contra as vidraças em que a chuva rufava e desdobrava suas toalhas de água, pareciam entesar-se ainda mais na corpulência de bronze. Batidos pelo vento, não gemiam como as demais árvores. Também não esbracejavam maciços como eram, apenas inclinavam levemente a coruta esguia, percorridos por um brando tremor. Eu olhava para eles, assim mudos, fixos e sobranceiros, e recebia deles uma lição de altitude e de firmeza.”

In Cinco Réis de Gente

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