“Estes ciprestes, quando nos dias de Inverno eu ia esmurrar o nariz
contra as vidraças em que a chuva rufava e desdobrava suas toalhas de
água, pareciam entesar-se ainda mais na corpulência de bronze. Batidos
pelo vento, não gemiam como as demais árvores. Também não esbracejavam
maciços como eram, apenas inclinavam levemente a coruta esguia,
percorridos por um brando tremor. Eu olhava para eles, assim mudos,
fixos e sobranceiros, e recebia deles uma lição de altitude e de
firmeza.”
In Cinco Réis de Gente
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