O desaparecimento dos postos de correio, segundo se diz para cortar custos de modo a rentabilizar a sua privatização, é uma daquelas medidas pouco debatida, talvez porque prejudica gravemente as camadas mais necessitadas da população, mas de uma gravidade atroz.
As novas tecnologias, como o computador e a internet, desvalorizaram o serviço postal, propiciando a largas camadas da população mais comodidade, rapidez e facilidades nos processos de comunicação.
O facto é, que muitos outros, particularmente os idosos, têm neste serviço uma ajuda preciosa para a troca do "papel" da sua reforma pelo pecúlio monetário de sobrevivência. Imagine-se a sensação de desespero com que estas populações se deparam perante um encerramento deste serviço.
A troca de serviço público privado não é, por si só, uma garantia de melhor funcionamento. O atual serviço dos correios, com lucros, é um daqueles em que não vejo qualquer vantagem na sua privatização porque mexe com direitos inalienáveis, e deve continuar a ser verdadeiramente confidencial, credível e de confiança, prerrogativas que só o estatuto público lhe confere.
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