14 maio 2013

"Espaço Público"



Caro José Mesquita
Muito bom e oportuno o seu artigo no jornal Público sobre a barragem do Tua. Infelizmente já é tarde para se impedir a malfeitoria que implicou a destruição de todo um património natural e histórico único. Também eu me bati contra esta obra inútil que serve apenas interesses económicos incultos e escuros. Nunca é tarde para erguer alto o nosso protesto e por tal o seu artigo é credor do meu total apoio.
Bem haja e felicitações.
Abraço amigo.    
José Neves 
PS: se entender útil pode publicar este meu pequeno texto no seu blogue

4 comentários:

mc disse...

Caro José Neves

Obrigado pelo seu testemunho .

A sua posição contra este crime já é conhecida.

Continuemos a acreditar que o bom senso vai imperar.. quer da parte dos responsáveis políticos deste país, quer da parte da força civica dos milhôes que contestam

muitos cumprimentos

o amigo de sempre

mario sales de carvalho

mc disse...

no Jornal Público
Vale do Tua ameaçado


por José Alegre Mesquita
14/05/2013 - 00:00

O vale do Tua é um ecossistema ribeirinho único na Europa, que neste momento está ameaçado pela construção de uma barragem, acrescido da irreversibilidade da "perda física" de parte da paisagem colocando em algum risco o estatuto de Património Mundial da Humanidade. Acresce a implicação que este "negócio" provoca na factura eléctrica dos consumidores que engorda a eléctrica que opera maioritariamente em Portugal. Concluo que nenhuma compensação financeira pagaria as perdas. Porém, as contrapartidas são pouco mais que nada: uma diminuta produção de energia que não é relevante para o total nacional e uma mão-cheia de nada para a região que vê degradar os seus principais recursos: o ambiente e a paisagem e que nenhum projecto de Souto Moura há-de mascarar.

A missão da UNESCO que avaliou, in loco, a compatibilidade da construção com o estatuto de Património da Humanidade concluiu que "a conservação da área classificada não está efectivamente garantida" e puxa as orelhas à estrutura de missão do Douro que parece não assumir "as suas competências de direcção do plano de gestão" e adverte o Governo para a falta de aprovação e de consulta pública do projecto de linhas de alta tensão e de um plano de gestão de área classificada. Daqui resulta a avaliação de incompetência das duas unidades de gestão que operam na região: a referida estrutura de missão do Douro e a agência de desenvolvimento regional do vale do Tua que têm pessoas, técnicos e presumivelmente meios (em nenhum lugar vimos, ouvimos e lemos o contrário). Um relatório que retira estas conclusões só poderia ter como consequência a demissão dos responsáveis destas duas instituições.

Na segunda metade do mês de Junho, o assunto voltará à baila na sessão do Camboja da UNESCO, com a aprovação do relatório. Sobre a má gestão da causa pública, posta em causa, a senhora ministra Assunção Cristas não tira ilações, concluindo que tudo é positivo porque há cooperação e transparência (?) e basta manter "o nível abrandado das obras". Devagar, devagarinho se vai enchendo o ninho...

Professor do ensino básico

J.Pinto disse...

Não é tarde.
Recordo que neste momento ainda está em estudo a ligação das linhas de Alta Tensão à rede eléctrica, sem as quais a barragem não pode funcionar.
Ainda não foi resolvida a situação da UNESCO e do Douro Património Mundial.
Ainda não está fechado o dossier das contrapartidas da barragem.
Ainda não está resolvida a situação da navegabilidade do Douro na Foz do Tua.
Quem desiste nunca vencerá, vencedores nunca desistem.

JP

Anónimo disse...

Muito bem, JP, a sua opinião vem dar mais força, razão e encorajamento para se continuar a lutar com todas as forças contra esta autêntica saga de pretenderem aniquilar irresponsavelmente este nosso paraiso do vale do Tua! Parabéns ao amigo Zé Mesquita pelo oportuno artigo jornalístico!

HR