20 fevereiro 2008

Requiem pelas árvores

Os recentes abates de árvores entre a Rua Luís de Camões e a aldeia de Luzelos servem com certeza um princípio de ordenamento dos espaços e foram objecto de uma aprofundada reflexão dos nossos decisores políticos. Seria? As árvores, algumas centenárias ou quase, contam histórias, são História, fazem parte do património de todos os cidadãos que dela fruem. Um homem ou mulher só se cumpre se escreve um livro, faz um filho e planta uma árvore.
Quem as plantou, as tratou e as mimou tinha um propósito e através delas quis perpetuar a sua própria existência. Quando entregue aos seus descendentes pressupõe-se que haja um respeito por essa herança. Cortá-la ou abatê-la deve servir um fim bem preciso ou então desrespeitamos o seu criador.
Uma árvore, em espaço público, é também uma referência ao nosso crescimento como comunidade, ela faz parte das nossas brincadeiras, ela ajuda-nos a perceber o fluir do tempo, embeleza os nossos espaços, é protagonista da nossa história de vida... Como património público pertence a todos os nós. Cortar uma árvore é também abdicar da nossa própria memória, constitui uma perda da nossa identidade e deve-nos ser correcta e detalhadamente explicado.
Num primeiro momento e durante alguns anos, a decisão foi decepá-las e uma ou outra foi condenada a uma morte lenta e degradante. Agora chegou a vez da motosserra junto do tronco. Altos princípios se levantaram.
Um requiem pelas nossas árvores.

8 comentários:

Anónimo disse...

O plátano de Alijó é defendido e respeitado.

Porque será que as árvores da minha terra são assassinadas e ignoradas?

Parabéns Alijó, um abraço.

Anónimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=VTnntwingzA&eurl=http://7.gmodules.com/ig/ifr?url=http://www.google.com/ig/modules/youtube_videos.xml&nocache=0&up_prefs_version=


uns ensinam os filhos a preparar o futuro ... plantando arvores .. outros , responsáveis, abatem-nas...
em quem hão-de as crianças acreditar?.. e depois admiram-se de os filhos insultarem os pais, baterem nos pais, abandonarem os pais... que fizeram esses pais aos filhos?
e

mario carvalho disse...

o comentário anterior é meu
por lapso digitei no anónimo

mario

Anónimo disse...

http://videos.sapo.pt/6L3bJ76qPbZv4lR7sQqN

Anónimo disse...

POR UMA QUESTÃO DE PRINCÍPIO concordo com o reparo feito ao corte de árvores na entrada sul de Carrazeda!
Os justificativos apresentados são correctos.
A falta de análise e de explicações por parte dos ctiticados, ( Câmara Municipal) é que falta e isso é até inadmissível, pois evidenciará a prepotência de gestão do Município, a que aliás, já estammos habituados. Isto tem que ser dito!
Se essa justificação não vier, então que não se admirem os visados pela afronta a que se sujeitam.
Mas socialmente falando era preciso também que o Professor José Mesquita desse boa importância ao que se passa com o património deste concelho, quer cultural, quer construído, mesmo o religioso.

Anónimo disse...

Este último anónimo parece-me uma pessoa muito avisada. Faz-me lembrar alguém. Quanto às árvores umas cortam-se outras plantam-se e fica tudo compensado.

Anónimo disse...

Acredite que tenho imensa pena que os bloguistas como nós não tenham de identificar-se para falarmos cara a cara, olhos nos olhos.
Todos seríamos mais úteis e colaborantes nas necessárias soluções para tantos problemas que nos afligem.Assim como assim, vamo-nos "divertindo" embora, por vezes, com coisas sérias.
Continuemos pois!

Anónimo disse...

(NOSCE TE IPSUM)Estudo-me...!
Avisado fico.
Homem avisado val por dois e por vezes nem assim...