Recebemos em nossas casas o livrinho de "notas” sobre o que foi realizado nestes quatro anos no município carrazedense. Com as palavras Carrazeda de Ansiães, coloridas de laranja na capa, no interior é-se magnânimo e escreve-se que o edificado "é obra de todos" .
Após a leitura da introdução (leia aqui) e, relevado um erro ortográfico (mera distracção) que fica sempre mal em documentos do género (incompreensões linha 16), deparámos com uma curiosidade, duas contradições em tempo de pré-campanha e um ataque sem destino que conviria concretizar.
A curiosidade é a de que o “livrinho” é assinado pelos cinco vereadores incluídos os do PS e também o do PSD que está no cargo há muito poucos meses e, com certeza, não se sentirá responsável pela “copiosa” obra inclusa.
A primeira contradição tem a ver com o facto de o PS em campanha eleitoral, escrever que “a nossa terra está parada no tempo” e está tudo para fazer, pelo contrário os seus vereadores reconhecem “muita obra” realizada.
A segunda é uma questão de semântica. O PS apregoa nos seus cartazes e panfletos de campanha que pretende “todos por Carrazeda”, o citado opúsculo, repetimos com a assinatura dos vereadores da oposição, refere que “o futuro desta Terra construir-se-á, sempre e SÓ com os que desinteressadamente a servem” (o sublinhado é nosso). Em que é que ficamos é com todos ou só com alguns?
Parece-nos, pois claro, uma desconformidade entre os pensamentos dos vereadores e os da campanha socialista ou como sói dizer-se “não bate a bota com a perdigota”.
Por último, um libelo acusatório explícito numa frase, muito ao jeito da carta anónima (pegaria moda?), não se explica para quem se dirige e assim é lançada para o ar, a modos de “quem servir a carapuça, que a enfie”. É esta a frase: “haverá sempre carpideiras e os “judas” também andam por aí."
De “judas” nada entendemos, talvez fosse preciso uma melhor explicitação, porém não temos dúvidas, que não serão, com certeza, todos aqueles que repetidamente dizem: AMEN! Mas, a que carpideiras se dirigirão os senhores vereadores? A que anónimos se reportam? Será ao povo, minoritário claro, que não se vê representado no executivo municipal? Serão aqueles que com base em dados do INE (instituto nacional de estatística) referem que este concelho foi o que perdeu mais população, em termos percentuais, na região norte? Serão aqueles outros que olham com tristeza para a estagnação e decréscimo do desenvolvimento concelhio e temem pelo seu futuro? Serão mais aqueles que referem que o desenvolvimento deve ser feito com TODOS e não com alguns, que continuamente são os privilegiados (na nova gramática política apresentada "desinteressados")? Essas “carpideiras” não terão lugar nesta terra? Expulsem-nos! Assim se conseguirá a almejada unanimidade.
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