Por Pedro Aleixo
A outra face da lua
Por vezes fico a pensar comigo mesmo como é possível as pessoas demorarem-se às voltas com as questões dos sentimentos quando elas à partida não estão unidas, mas depois parece que surge no horizonte a ideia clara de que sempre que existiu uma união de facto, seja ela de que tipo for, implica sempre uma ligação estreita que gera sentimentos claros de adesão entre os mortais.
Um amigo meu dizia-me que todas as vezes que iniciava uma caminha relacional e quando atingia o cimo do desejo, na hora da partida é que a dor aparecia misturada com a saudade de um longe distante e esquecido.
Na passada semana, um punhado de pessoas jovens e adultos, homens e mulheres, eu incluído, participaram nas filmagens da série Inês de Castro que Moita Flores escreveu e a RTP1 vai exibir lá para o início do Outono. Para mim foi uma experiência interessante que contribuiu não só para conviver com gente desconhecida mas sobretudo para poder falar, não de cor, de assuntos comunicacionais que sempre me apaixonaram. Desde os meus onze anos de idade que me recordo de o nosso Professor de Português nos incutir o gosto pela declamação e pela representação, o ex-Padre Elias, a quem fiquei a dever o gosto pelas letras. Fazer parte como mero figurante de tão significativa série resultante de tão espectacular obra literária que, por mais fabulesca que seja, representa um marco de uma história de amor arrebatadora que toca qualquer pessoa que ame e se ancore em alguém como barca de um alto mar ondulado onde os tubarões de boca aberta se preparam para engolir tudo o que cai da mesa de novos reis sem ventura.
Gostei de contactar com actores, realizadores, maquilhadoras, figurinistas, técnicos e com um conjunto de pessoas que de mãos dadas davam vida às palavras reescritas por Moita Flores, o ex-inspector da judiciária que a breve trecho o poderemos encontrar pelas ruas de Santarém como o novo edil…
A minha alma também escurece sempre que o fumo e as labaredas se destacam nos ares da vila que está muito diferente e onde vários lugares têm todos uma história, vila com encantos e recantos e com gente boa, e onde por vezes os suspiros de dor também ecoam rio abaixo que deu ser a esta terra e que fez dela local de enamoramento e onde durante milhares de anos as gentes sentiram que a terra era boa porque podia ser agricultada e onde o matar de várias sedes poderia sempre acontecer.
Seja quem for o próximo eleito ou reeleito em cada uma das eleições que vai acontecer em todo o Concelho, importará sempre ter como horizonte o presente e o futuro, embora alicerçado no passado, não apenas para carpir mágoas mas sobretudo para dar uma nova dimensão ao viver de cada um...
O Outono já espreita, as aulas estão à porta, as ruas vão encher-se de vida e as margens das estradas aparecerão ainda negras, espera-se, apenas, que a chuva apareça entretanto com mais intensidade para lavar a face dos lugares ardidos para que o nosso desapontamento seja menor.
Mas seja como for, a vida continua e se os desencantos aparecerem há que arrepiar caminho e lutar por um amanhã mais florido e por uma vida cheia de mais amor, mesmo que para isso, por vezes, seja necessário saber esperar pela madrugada e contornar os obstáculos da inveja e da maledicência quantas vezes originadoras da morte existencial que tudo tornam mais negro mas a esperança
será a última a morrer nem que para isso seja preciso plantar um novo amanhã em nossas vidas, pois o amor poderá exigir percorrer desertos à procura de oásis para a nossa consolação e felicidade tão necessária mesmo que espaçada
em momentos de luz sereníssima...
P.S. Caro conterrâneo V.V. tem razão, por lapso, não completei o pensamento, apenas queria salientar que apesar dos enigmas por dentro das suas palavras, gosto de tresler e reler as suas letras. Cada um com o seu estilo…mas há coisas que é melhor deixar para depois porque agora ainda se afiam facas e a noite longa vem depois e o que é pena… transformar as noites em horas de dor …
A outra face da lua
Por vezes fico a pensar comigo mesmo como é possível as pessoas demorarem-se às voltas com as questões dos sentimentos quando elas à partida não estão unidas, mas depois parece que surge no horizonte a ideia clara de que sempre que existiu uma união de facto, seja ela de que tipo for, implica sempre uma ligação estreita que gera sentimentos claros de adesão entre os mortais.
Um amigo meu dizia-me que todas as vezes que iniciava uma caminha relacional e quando atingia o cimo do desejo, na hora da partida é que a dor aparecia misturada com a saudade de um longe distante e esquecido.
Na passada semana, um punhado de pessoas jovens e adultos, homens e mulheres, eu incluído, participaram nas filmagens da série Inês de Castro que Moita Flores escreveu e a RTP1 vai exibir lá para o início do Outono. Para mim foi uma experiência interessante que contribuiu não só para conviver com gente desconhecida mas sobretudo para poder falar, não de cor, de assuntos comunicacionais que sempre me apaixonaram. Desde os meus onze anos de idade que me recordo de o nosso Professor de Português nos incutir o gosto pela declamação e pela representação, o ex-Padre Elias, a quem fiquei a dever o gosto pelas letras. Fazer parte como mero figurante de tão significativa série resultante de tão espectacular obra literária que, por mais fabulesca que seja, representa um marco de uma história de amor arrebatadora que toca qualquer pessoa que ame e se ancore em alguém como barca de um alto mar ondulado onde os tubarões de boca aberta se preparam para engolir tudo o que cai da mesa de novos reis sem ventura.
Gostei de contactar com actores, realizadores, maquilhadoras, figurinistas, técnicos e com um conjunto de pessoas que de mãos dadas davam vida às palavras reescritas por Moita Flores, o ex-inspector da judiciária que a breve trecho o poderemos encontrar pelas ruas de Santarém como o novo edil…
A minha alma também escurece sempre que o fumo e as labaredas se destacam nos ares da vila que está muito diferente e onde vários lugares têm todos uma história, vila com encantos e recantos e com gente boa, e onde por vezes os suspiros de dor também ecoam rio abaixo que deu ser a esta terra e que fez dela local de enamoramento e onde durante milhares de anos as gentes sentiram que a terra era boa porque podia ser agricultada e onde o matar de várias sedes poderia sempre acontecer.
Seja quem for o próximo eleito ou reeleito em cada uma das eleições que vai acontecer em todo o Concelho, importará sempre ter como horizonte o presente e o futuro, embora alicerçado no passado, não apenas para carpir mágoas mas sobretudo para dar uma nova dimensão ao viver de cada um...
O Outono já espreita, as aulas estão à porta, as ruas vão encher-se de vida e as margens das estradas aparecerão ainda negras, espera-se, apenas, que a chuva apareça entretanto com mais intensidade para lavar a face dos lugares ardidos para que o nosso desapontamento seja menor.
Mas seja como for, a vida continua e se os desencantos aparecerem há que arrepiar caminho e lutar por um amanhã mais florido e por uma vida cheia de mais amor, mesmo que para isso, por vezes, seja necessário saber esperar pela madrugada e contornar os obstáculos da inveja e da maledicência quantas vezes originadoras da morte existencial que tudo tornam mais negro mas a esperança
será a última a morrer nem que para isso seja preciso plantar um novo amanhã em nossas vidas, pois o amor poderá exigir percorrer desertos à procura de oásis para a nossa consolação e felicidade tão necessária mesmo que espaçada
em momentos de luz sereníssima...
P.S. Caro conterrâneo V.V. tem razão, por lapso, não completei o pensamento, apenas queria salientar que apesar dos enigmas por dentro das suas palavras, gosto de tresler e reler as suas letras. Cada um com o seu estilo…mas há coisas que é melhor deixar para depois porque agora ainda se afiam facas e a noite longa vem depois e o que é pena… transformar as noites em horas de dor …
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