28 abril 2005

OPOSIÇÃO

Para uma evolução dinâmica de um concelho torna-se indispensável um bom executivo.
Contudo, um bom executivo não é possível sem que exista uma oposição séria, dinâmica e credível.

O que temos verificado no nosso concelho é que não existe oposição. As votações unânimes e sem qualquer discussão são exemplo disso mesmo.
Quem esteja minimamente atento, verificará que todas as deliberações apresentadas pelo executivo à Assembleia Municipal são votadas sempre por unanimidade por aquele órgão. E, como não podia deixar de ser, o mesmo se passa na Assembleia Municipal.
Se os historiadores quisessem adjectivar este mandato da oposição (tal como se davam cognomes aos reis das diversas dinastias portuguesas), teriam uma tarefa árdua e, no mínimo, confrangedora: "os passivos''?!, "os incógnitos"?!, "os coniventes"?!, "os silenciosos"?!, "os indiferentes"?!...

Qual foi o "cavalo de batalha" da oposição durante todo este último mandato?
As ajudas de custo?!, o serem "bons rapazes"?!, o não quererem dificultar a actividade ao executivo?!...
Este "porreirismo" nunca foi boa solução e muito menos boa alternativa.
Como pode o eleitorado, socialista ou não, votar em consciência num projecto em branco, vazio de ideias e projectos, deserto de obras e discussão?
Mas, não desesperem!
Aparecem sempre os "trunfos" de última hora, as contestações indignadas de fim de mandato, os projectos do que deveria ter sido feito e não foi, as acusações indignadas ao executivo cessante...
Faz de conta que não se pactuou, que não se silenciou, que não se olhou para o outro lado, que não se abandonou!...
Aparecem sempre os eleitores que votam sempre no partido, seja quem for que lá esteja, sem espírito crítico ou preocupação de desenvolvimento concelhio.
E tudo voltará à mesma "normalidade"!...

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