"No rescaldo desta campanha eleitoral registo algumas apreciações.
Interpretei como hipócrita a passagem do Dr. Marcelo Rebelo de Sousa na campanha do seu partido (P.S.D.). Pelos vistos ofereceu a sua imagem em vídeo para ser usada e reafirmou que será laranja até á morte. Se houve alguém que, ao longo destes sete meses desancou a governação do Dr. Santana Lopes foi este seu colega de partido ao vender na T.V.I. os comentários que fazia. Nunca fez questão de, colocar primeiro que tudo, as suas opiniões críticas ao serviço do seu partido preferindo vende-las por bom preço. Quiçá com remorsos e por se ter considerado também responsável na "criação do monstro" decidiu então mostrar-se como quem "lava a cara" e assim minimizar responsabilidades. Santana Lopes, em desespero, aceitou o beijo.
Da passagem do Eng. Guterres pela campanha do P.S. esperava muito mais. Esperava que este tivesse tido a coragem de explicar aos portugueses como é difícil governar sem maioria no parlamento. Esta foi em meu entender uma das principais causas da sua saída. O País, o Partido e o Eng. José Sócrates mereciam esta ou outra explicação. Manteve-se pois a ideia de que fugiu ás responsabilidades. Só nos resta pois fazer a comparação entre aqueles de que se diz que fugiram, mas que enquanto lá estiveram, não tiveram maioria para decidir e, aqueles que, apesar de terem a maioria, foram afastados por incompetência.
È difícil nesta campanha eleger o demagogo mais perfeito. Registo contudo a argumentação do Dr. Paulo Portas quando este diz que só ele conseguiu criar 30.000 postos de emprego. Naturalmente que não disse que foi à custa do Estado que tal foi conseguido ao ter feito encomendas de lanchas da marinha, carros de combate, novas metralhadoras. No futuro não poderemos dizer que não temos brinquedos para brincar e entreter os restantes 150.000 desempregados. Aqui abro um parêntesis para diz, sem brincar, que considero o flagelo dos que não conseguem trabalho o maior flagelo nacional e tenho o maior respeito por todos quantos não desistem de lutar por este direito.
Sobre a intervenção na campanha P.S.D., do Dr. Durão Barroso, há quem considere que este quebrou as regras da Comissão Europeia. Considero que o nosso Presidente da Comissão terá sempre uma justificação que pode contrariar as dúvidas éticas que se levantaram. Poderá dizer que veio apenas apoiar um proeminente artista prestigiador português. Foi o Dr. Durão Barroso que comparou o Dr. Santana Lopes com o falecido Zandinga para depois o propor para a sua substituição no governo. È com base nesta comparação que eu costumo dizer que o Dr. Santana Lopes não me decepcionou com a sua governação.
Finalmente uma apreciação para a comunicação social. Com a campanha continuou a vender-se bem o papel e a publicidade o que faz deste sector um sector que não sente a crise. Uma apreciação para as entrevistas feitas na T.V.I .por Constança Cunha e Sá, aos candidatos dos partidos concorrentes a estas eleições, para dizer que a entrevistadora esteve a sua altura. Chegou a ser repugnante. Continuo a pensar que é a comunicação social que põe e dispõe sobre os nossos destinos e o resto é mais conversa."
Interpretei como hipócrita a passagem do Dr. Marcelo Rebelo de Sousa na campanha do seu partido (P.S.D.). Pelos vistos ofereceu a sua imagem em vídeo para ser usada e reafirmou que será laranja até á morte. Se houve alguém que, ao longo destes sete meses desancou a governação do Dr. Santana Lopes foi este seu colega de partido ao vender na T.V.I. os comentários que fazia. Nunca fez questão de, colocar primeiro que tudo, as suas opiniões críticas ao serviço do seu partido preferindo vende-las por bom preço. Quiçá com remorsos e por se ter considerado também responsável na "criação do monstro" decidiu então mostrar-se como quem "lava a cara" e assim minimizar responsabilidades. Santana Lopes, em desespero, aceitou o beijo.
Da passagem do Eng. Guterres pela campanha do P.S. esperava muito mais. Esperava que este tivesse tido a coragem de explicar aos portugueses como é difícil governar sem maioria no parlamento. Esta foi em meu entender uma das principais causas da sua saída. O País, o Partido e o Eng. José Sócrates mereciam esta ou outra explicação. Manteve-se pois a ideia de que fugiu ás responsabilidades. Só nos resta pois fazer a comparação entre aqueles de que se diz que fugiram, mas que enquanto lá estiveram, não tiveram maioria para decidir e, aqueles que, apesar de terem a maioria, foram afastados por incompetência.
È difícil nesta campanha eleger o demagogo mais perfeito. Registo contudo a argumentação do Dr. Paulo Portas quando este diz que só ele conseguiu criar 30.000 postos de emprego. Naturalmente que não disse que foi à custa do Estado que tal foi conseguido ao ter feito encomendas de lanchas da marinha, carros de combate, novas metralhadoras. No futuro não poderemos dizer que não temos brinquedos para brincar e entreter os restantes 150.000 desempregados. Aqui abro um parêntesis para diz, sem brincar, que considero o flagelo dos que não conseguem trabalho o maior flagelo nacional e tenho o maior respeito por todos quantos não desistem de lutar por este direito.
Sobre a intervenção na campanha P.S.D., do Dr. Durão Barroso, há quem considere que este quebrou as regras da Comissão Europeia. Considero que o nosso Presidente da Comissão terá sempre uma justificação que pode contrariar as dúvidas éticas que se levantaram. Poderá dizer que veio apenas apoiar um proeminente artista prestigiador português. Foi o Dr. Durão Barroso que comparou o Dr. Santana Lopes com o falecido Zandinga para depois o propor para a sua substituição no governo. È com base nesta comparação que eu costumo dizer que o Dr. Santana Lopes não me decepcionou com a sua governação.
Finalmente uma apreciação para a comunicação social. Com a campanha continuou a vender-se bem o papel e a publicidade o que faz deste sector um sector que não sente a crise. Uma apreciação para as entrevistas feitas na T.V.I .por Constança Cunha e Sá, aos candidatos dos partidos concorrentes a estas eleições, para dizer que a entrevistadora esteve a sua altura. Chegou a ser repugnante. Continuo a pensar que é a comunicação social que põe e dispõe sobre os nossos destinos e o resto é mais conversa."
Hélder de Carvalho
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