02 novembro 2004

Ainda as taxas de saneamento e águas

Nas nossas aldeias, a maior parte da população é idosa e vive com as magras reformas agrícolas que depressa se volatizam na fraca alimentação e em medicamentos. Concluídas as obras de saneamento básico nas diversas freguesias do concelho, sobram as ligações às habitações. É grave o que se relaciona com os custos deste singelo empreendimento – cerca de trezentos euros – como soubemos por escassos dois metros de ramal. Pouca coisa, pensar-se-á! Equivale sensivelmente a dois meses da reforma de um pensionista. Como é que ele pode juntar tamanha riqueza? Como pode uma destas criaturas gozar de um direito básico e fundamental?

Pensamos em todos aqueles, que não podendo executar a obra para viver com mais conforto e qualidade, ouvem muitos exclamarem “faz-se o saneamento e depois ninguém o liga!” e sentimos o seu silêncio envergonhado. A “aposta no progresso social”, pressupõe a atenção a estes casos e, se estão previstas medidas para acorrer a estas situações, elas devem ser convenientemente divulgadas nos locais próprios para que a todos sirvam com justiça.

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