01 outubro 2004

Miguel Sousa Tavares...

...Escreve na sua habitual crónica das Sextas-Feiras do Público sobre o uso abusivo dfos atestados médicos. Apesar de uma inexactidão, eu não referi que tivesse sido colocado, vai dar uma grande projecção a esta luta. Para ler o artigo completo siga a hiperligação http://jornal.publico.pt/2004/10/01/EspacoPublico/O01.html
3. Uma vez mais, os médicos de Bragança prestaram-se à indecente atitude de assinar falsos atestados de saúde para permitirem que professores ultrapassassem outros nas colocações, invocando a necessidade de prestarem assistência a familiares pretensamente doentes. Já há dois anos atrás os mesmos médicos de Bragança tinham inundado o Ministério da Educação com uma epidemia de atestados, jurando que quase todos os alunos do 12º ano do distrito estavam incapacitados de poderem concorrer à 1ª chamada dos exames. A investigação subsequente acabou, como é de costume, em nada. Agora, gostava de saber o que terá a dizer algum desses médicos ou desses professores batoteiros ao leitor José Alegre Mesquita, de Carrazeda de Ansiães, que ontem aqui escrevia que, por se ter recusado a seguir o mesmo expediente, terminara por, pela primeira vez em 24 anos de professor, ser colocado fora do seu local de residência, em benefício de um dos portadores de falsos atestados. Como bem perguntava o leitor, será que o Sindicato dos Professores e a Ordem dos Médicos vão manter o silêncio sobre esta vergonha? Que médicos são estes que não têm pudor de jurar em falso, sabendo que estão a prejudicar terceiros de boa-fé? Que professores são estes a quem não dói a consciência por ultrapassarem colegas que se recusaram, como eles, a usar da mentira e da deslealdade? Que valores vai esta gente ensinar em suas casas ou nas suas escolas?

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