29 setembro 2004

A desonestidade compensou!!!

Pela primeira vez desde o primeiro ano de trabalho, cerca de 24 anos volvidos, não fui colocado no quadro da zona pedagógica de Bragança. Do número 89 da lista graduada no ano lectivo anterior passei neste para mais de 500. Razão: opus-me a usar métodos incorrectos, apresentar um atestado médico a simular doença incapacitante ou de ascendente ou descendente directo como o fizeram mais de 60% dos meus colegas de 1.º Ciclo. Fui aconselhado por alguns, entre os quais o meu sindicato a usar este ardil, pois a grande maioria estava a utilizá-lo, porém sempre acreditei na transparência e lisura de processos, pois sou educador e estes são valores fundamentais do acto educativo! Estava redondamente enganado, colegas tão ou mais saudáveis, com muito menos anos de serviço e graduação académica ultrapassaram-me. Um qualquer médico menos "atento" ou sem escrúpulos possibilitou-lhes este expediente manhoso que foi um simples artifício para obter boa colocação, para prejuízo de milhares de professores e de muitos outros que necessitariam, por razões de saúde desta especificidade. Da entidade patronal, o Ministério da Educação, a garantia de fiscalização redundou em nada. O que interessava era começar o ano lectivo, quando o mais lógico e justo seria suspender o destacamento por condições específicas nos distritos em que claramente os números indiciavam ilegalidades e situações menos claras. Dos sindicatos nem uma palavra para esta abominável situação, numa atitude corporativista e intolerável. Da ordem dos médicos nem o mais pequeno passo para uma investigação, quando os indícios são mais que óbvios.

Grande lição aprendemos: A desonestidade compensa.

Este malfadado concurso de professores, foi coroado de uma indignidade perversa sem memória em concursos públicos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei de todos os artigos em expecial "a desonestidade Compesa". O Sr.José Mesquita está de Parabéns