11 julho 2009

Domingo 13

Aguardo com expectativa o programa de rádio que amanhã (domingo), na TSF, irá discutir as “novas oportunidades” nas regiões, resultantes da criação de novas barragens. O programa é patrocinado pela EDP pelo que ,logo à partida se perceberá que “ novas oportunidades” não faltarão. O programa tratará, desta vez, o caso da barragem do Tua. Vou de certeza conhecer as ideias e sugestões que os nossos autarcas têm. Vou conhecer as contrapartidas que propõem, os projectos que já estão a idealizar de combate aos impactos ambientais, as parcerias entre si, as prioridades de investimentos, o caminho de ferro, etc.
No momento em que se propõe a suspensão de projectos de grandes investimentos a pretexto de que estaríamos a empenhar as gerações futuras - enquanto pagamos subsídios de desemprego e os que quiserem mais têm de emigrar para Espanha trabalhar- é pertinente perguntarmo-nos se, sempre se fará agora, como o prometido, a empreitada da construção do IC5. Como já o disse várias vezes este seria a contrapartida que exigiria para consentir a morte do nosso rio. Acredito que, na falta de melhores alternativas por aqui, esta será a melhor sugestão para acreditar que estou a pensar no futuro dos nossos filhos.
Aguardemos pois para ouvir aqueles que nos governam.

4 comentários:

Anónimo disse...

Nesse caso será Domingo 12. Quanto ao IC5, caro Helder, não tem que duvidar pois já está adjudicado e não haverá volta a dar, a não ser que ganhe o PSD e queira gastar milhões com a indemnizção ao consórcio liderado pela Mota Engil.

Anónimo disse...

Estive atento ao programa da TSF deste domingo 12 de Julho!
Ouvi vários protagonistas nomeadamente Ricardo Magalhães (CDR), o Presidente da C. Municipal de Murça e outros ligados à EDP ou mesmo gravações com o Presidente da Câmara de Mirandela e cidadãos do concelho de Murça e de Alijó.
Não ouvio ninguém ligado a Carrazeda e/ou Vila Flor!
É pena verificarmos tanta petulância no tratamento de matérias tão importantes para o futuro de Carrazeda!
Desde a falta de autarcas e candidatos a autarcas, é incrível!
Porque não se cria um movimento para proibir estes candidatos de ser coisa nenhuma neste concelho?
"Corja" de "coisas" incompetentes!

Helder Carvalho disse...

Pelos vistos ando desatento ou então sou como S. Tomé. Quero meter o dedo na ferida. Sobre o programa de rádio e no que respeita à participação dos nossos dirigentes, fizeram mais uma vêz como os heróis de Negassa.

Anónimo disse...

Isto de alguns investimentos que o Governo tem desenvolvido, tem muito que se lhe diga. Lembro dois casos: distribuição de computadores sem concurso e exploração do terminal de contentores de Alcântara. Em ambos os casos, não houve concurso; logo o erário público foi onerado. Senão vejamos:

Segundo a última edição do semanário, o "Sol", o relatório final da auditoria do Tribunal de Contas (TC) ao contrato de exploração do terminal de contentores de Alcântara, em Lisboa – feito entre o Governo, a Administração do Porto de Lisboa (APL) e a empresa Liscont, do grupo Mota-Engil –, foi aprovado esta semana e confirma tudo o que já fora concluído pelos juízes no relatório preliminar.
O plenário dos juízes da 2.ª secção do TC, depois de ouvidos os argumentos quer da APL quer do Ministério das Obras Públicas, manteve a posição inicial de que o contrato feito com a Liscont – sem concurso público e alargando a concessão por mais 27 anos – é ruinoso para o Estado e não acautela o interesse público. E nem sequer faz uma previsão realista do negócio que serve de base ao modelo financeiro e no qual assenta todo o contrato.
«Foi um negócio ruinoso para o Estado», que «só serviu os interesses do promotor», confirmou uma fonte do Tribunal de Contas, sobre as conclusões desta auditoria.
Segundo soube o SOL, as respostas enviadas ao Tribunal pelo Governo e pela APL, para efeitos de contraditório, apenas reforçaram as conclusões negativas dos conselheiros da 2.ª secção. E, em alguns casos, até aumentaram a sua desconfiança relativamente às consequências deste contrato para os interesses do Estado.
Um dos principais problemas colocados pelos juízes do TC prende-se com o facto de não ter sido realizado concurso público para alargar o prazo desta concessão de exploração de um serviço público. O Governo optou pelo ajuste directo à Liscont, alegando que esta empresa privada faria, a suas expensas, as obras de alargamento do terminal de Alcântara, para permitir que, a prazo, o movimento de contentores atingisse o milhão por ano.
O modelo financeiro e as projecções comerciais em que assenta todo o negócio são também duramente questionadas pelo Tribunal de Contas.

E assim, vamos rindo e cantando, como diz o povo. Tenho momentos que, não sei de que vale a pena pagarmos os impostos, para outros os gerirem a seu belo prazer, distribuindo-os como querem e entendem, de um forma opaca, pelos "compadres e comadres", de acordo com a direcção do vento. Haja, por isso, mais contenção e justiça nos actos administrativos.

Atento