Restaurar a decadência

Infelizmente o respeito e a consideração não se compram ao quilo. Não sou a pessoa mais indicada para dizer como se adquire o respeito. Só seria capaz de propor trabalho honesto.
Como sabem sou daqueles que têm reivindicado esse respeito e consideração, àqueles que têm governado tambem por aqui, o nosso destino. Este direito, considero-o adquirido e reivindico-o para todos os que são honestos e cumpridores dos seus deveres cívicos. Por isso, para mim, nem todos merecem igual respeito.
No momento em que alguns dizem que vem aí outra era, é correcto, no meu entendimento, que se avalie o estado das coisas e se ajuíze sobre os seus responsáveis. Sobre os que pelo trabalho feito merecem ou não, continuar a justificar o nosso apreço.
Todos somos responsáveis, mas uns mais que outros. Todos merecemos ser respeitados, mas uns mais que outros. Todos somos capazes, mas uns mais que outros.
Falta pois saber-se qual a responsabilidade que temos na preparação do futuro da nossa terra e escolher os que estejam dispostos a aceitar o desafio, que será gerir bem o nosso destino conjunto. Até agora, pelo que conheço e pelo perfil que tenho dos candidatos que se perfilaram, fica-me a ideia de que são muitos os que também podem ainda candidatar-se. Assim passa a ser importante conhecer o núcleo que acompanha os candidatos já que apesar da mediania destes, o grupo pode trazer mais valias que acrescente qualidade, credibilidade e competência ás equipas que se apresentam.
Outra coisa vai ser também detectar os tradicionais vícios, dos crónicos da nossa política. Vê-los a fintar o trabalho para fazer campanha. Vê-los a aproveitar-se dos meios que são de todos, a favor deles próprios. Vê-los a tirar partido do privilégio, que só os funcionários públicos têm para receber vencimento, quando da licença para a campanha. Finalmente virá o espectáculo. Será a altura para constatar quantos caciques ainda trabalham no concelho. Quantos prepotentes se imporão pela força. Quantos se aproveitarão dos pobres e ignorantes para lhes fazerem promessas que nunca cumprirão. Quais os que pelo palrar acreditarão que “da lei da morte se libertam”.
Carrazeda no seu actual estado comatoso aguarda ansiosamente dias de esperança.