10 junho 2009

Pensar dos leitores: João Lopes de Matos

HELDER CARVALHO
Uma das pessoas mais controversas de Carrazeda é, sem dúvida, o mestre Helder Carvalho. Ele assume diversas facetas, umas mais consensuais outras menos. Em primeiro lugar quero referir o seu lado mais positivo e consensual: o de escultor. Não me parece haver dúvida de que, neste domínio, não houve nunca alguém capaz de se lhe comparar(a nível de Carrazeda, claro). Por aquilo que eu conheço, não tenho visto nada superior aos baixos relevos que enfeitam a Câmara ou o Café Planalto, as esculturas que já preenchem vários espaços do País, sobretudo do Norte, - no Porto, em Valpaços, em Macedo, em Barcelos, na Praia da Vitória(Açores). Podem dizer-me que se faz rodear de óptimos ajudantes, que muito lhe facilitam a vida. Responderei que qualquer mestre se sabe rodear de bons executantes, até porque não pode fazer tudo sozinho. Também lhe gabo a habilidade que tem para se tornar conhecido e para estabelecer relações com quem lida com as decisões neste domínio da arte. Este é um aspecto muito importante, para o qual outros não têm o mínimo de jeito.
Quanto ao artista, estamos conversados. Nada a opor a que seja considerado um ilustre carrazedense. Como homem de Carrazeda, ele pode considerar-se um amigo da sua terra. Mas aqui, parece-me, deveria ser um pouco mais lúcido e ter um espírito mais construtivo. Parece-me que padece de um certo saudosismo doentio, a puxar sempre para as glórias passadas de Carrazeda, como se as coisas não estivessem a assumir permanentemente aspectos novos que ofuscam e ultrapassam de vez o passado(agora mais que nunca). Defende, muitas vezes, com estoicismo, os que considera desprotegidos e injustiçados. Só que me parece que as causas que defende são, por vezes e sem especificar, causas menores ou até de justiça duvidosa. Teve, em Carrazeda, um passado de luta. Pensa, no entanto, que a luta que empreendeu no passado ainda hoje tem sentido. Como político local, as posições que tem tomado levam-no a um isolamento, que resulta de a sua luta se desenvolver à maneira de um cavaleiro andante, qual D. Quixote. Há que louvar, como cunho especial da sua luta, a sua determinação e a sua boa-fé.
João Lopes de Matos

17 comentários:

Anónimo disse...

É a opinião do Sr. João Manuel de Matos. Ponto final. Neste caso, só tenho de a aceitar com democraticidade e no pleno uso da minha liberdade. Contudo, a meu ver, há excertos do texto, passíveis de interrogações.

Carrazedense

Unknown disse...

Caro carrazedense,que tenho o prazer de conhecer:Porque não explicita as suas interrogações?
Assim,o assunto morre aqui mesmo e eu gostava que desse pano para mangas.Vamos animar isto,como me disse uma vez?
JLM

Anónimo disse...

Para animar isto, como diz, apesar de estarmos em período de festas alusivas aos santos populares, não precisamos de "balões". Precisamos, isso sim, como compreenderá, de qualidade ambiental, equidade, justiça em toda a sua dimensão e paz, para que tudo cresça e floresça em harmonia.

Carrazedense

Unknown disse...

Carrazedense: Assim seja.Amen.
JLM

Anónimo disse...

Um dia num comentário que me fizeram disseram isto: - O Barreiras Pinto até parece o Dr. JML e eu fiquei satisfeito com a alusão. Amigo Dr. é sempre um prazer ler o seu pensamento, se bem que eu sei o que pensa do nosso amigo comum Helder Carvalho. E, este ao referir-se ao passado recente da história de Carrazeda que está para contar, faz críticas e apresenta provas do que podia ter sido diferente, no tempo em que o HC e o Ricardo P Pereira foram vereadores, as propostas que apresentaram, foram algumas "Aprovadas" e depois "esquecidas". Que Eugénio de Castro foi o pior Presidente que Carrazeda conheceu, ninguém dúvida, e como obras de fachada tem as Piscinas cobertas que já vinham projectadas do tempo dos elefantes brancos, como a variante de Carrazeda que encalhou na fábrica de foguetes. Aqui foi pior a solução que o soneto. È conhecida a fórmula de casas que serviriam de paiois na Pranheira- Serra do Amedo- mais tarde vandalizadas pelos ciganos,e tiveram custos para o erário público. Pago eu e muitops mais com os nossos impostos, assim como outros custos que estarão contabilizados e de obra nada. Falo dos passeios da Zona Poente. Não concordo com a comparação do D. Quixote e digo mais, a Lucineia de Cervantes, não tinha as dívidas que a nossa cãmara apresenta no presente de 11 milhões de euros, muita coisa para uma terra tão pequena.A terminar o nosso escultor, com a sua tenacidade, há-se moldar o espírito e a fé desta gente que tanto ama, para que possa viver melhores dias e os filhos e netos tenham orgulho nesta terra de Carrazeda. Nós vamos ajudar.

Anónimo disse...

http://diariodebraganca.blogs.sapo.pt/123012.html

Anónimo disse...

Desconfio que JLM está a julgar mal a verdadeira identidade do "carrazedense". Para já, este, não é professor, nem carrazedense...

Anónimo disse...

Pois Senhor Dr. J.L.M....
Não precisamos de ditos "balões"...
Continuaremos nós a "precisar" de pseudo-intelectuais que deixam nas entrelinhas do que escrevem, o dedo e despeito apontados a quem, mesmo por mérito se lhes impõe de forma categórica?

Unknown disse...

Há muita coisa aqui que não entendo.
Primeiro, Barreiras Pinto é parecido comigo.Concordo que numa certa bonomia,boa disposição, é verdade.Na verdade,é sempre um prazer para mim encontrá-lo.
Mas é ele próprio que faz o comentário?
O livrinho do escultor HC é precisamente uma das coisas que não gosto nele.O livrinho teve sentido num certo tempo mas agora já não tem.Vivamos as guerras do tempo actual e deixemos as do passado.Sobre o actual presidente,em certo sentido,também já começa a pertencer ao passado e não é ele que está aqui em causa.
Também não querem,com certeza,passar a vida a tentar fazer justiça(que é também uma coisa que apenas se ocupa do que já lá vai e não do que agora acontece ou está para vir).
Quanto ao último comentarista,peço desculpa mas não percebi o seu comentário.Explicite melhor a sua ideia e,já agora pode tratar-me apenas por
JLM

Anónimo disse...

Que pena haver tanta confusão em algumas pessoas que se dizem e/ou julgam "letradas". Mas, especialistas em quê áreas do conhecimento? Sejam humildes, como é a nossa gente. Permitam que sejam os outros a reconhecer esse mérito a alguns. Não queiram ser juízes em causa própria! Por isso, aconselho que caminhem, por ruas e ruelas, de mãos dadas com a cultura e a aculturação do nosso POVO. Só assim, com o devido respeito, creio, estarem reunidas as condições mínimas para sermos uns fiéis obreiros e depositários da nossa identidade cultural (e não só!).

Carrazedense

Unknown disse...

Caro Carrazedense:Então o senhor quer que as nossas gentes continuem humildes,subservientes,tímidas, e que todos os outros lhes sigam o alto exemplo por elas dados?Não será melhor que sejam rebeldes,ousados,capazes de tomarem e defenderem posições?
E onde estão já essas pessoas,o chamado POVO?Nos lares, à espera da viagem para o céu?
É que,felizmente,já não vejo que os habitantes activos de Carrazeda tenham as características de antigamente.E acho que,finalmente,começa a ser possível o construir de um amanhã mais radioso para todo o povo,não já no sentido de "Zé Povinho".
JLM

Anónimo disse...

Caro "JLM", obrigado pelo seu comentário.
Em relação ao primeiro parágrafo, desculpe, mas apenas, concordo com o adjectivo "humildes". Contudo, no que concerne ao outro adjectivo, "rebeldes", só se for no bom sentido etimológico. Além disso, como sabe, o povo, não espera só nos lares, mas sim, em todo o lugar.
Por fim, no que diz respeito ao segundo parágrafo, como compreenderá, as características sociológicas de hoje, não são idênticas às de antigamente. E ainda bem que este descontinuísmo se verifica. Pois, só assim será possível construír "um amanhã" que seja mais eloquente em relação ao passado, como focaliza.

Cumprimentos

Carrazedense

Anónimo disse...

Meus Caros:
Tenho lido com a devida paciência v/ ilustres comentários dos quais me apraz registar a esperança de que amanhã poderá ser melhor. Pouco mais que isto, mas, como a dita é a ultima a morrer, aceito essa vossa permissa...
Também eu, Ateu, ou não, gostava que este canto fosse melhor.
Podia sê-lo muito melhor; Pode ser melhor de qualquer presente em diante. Muito melhor será muito dificil pelos motivos sobejamente conhecidos mas que muito teimam em escamotear. As apostas mal feitas, as oportunidades perdidas foram muitas. Tantas, que nos hipotecaram o futuro para as próximas décadas.
Sei o meu caro JLM não aprecia muito a análise do passado, mas eu teimo e insisto que mesmo sendo vergonhoso em termos da gestão autárquica, porque o foi, retiremos (retirem) dele a lição que se exige para as apostas do futuro.
O termo "coveiro" com que se apelida Eugénio de Castro e que algumas vezes tenho ouvido é pouco pelo significado e até pelo significante...da palavra. O termo certo é outro que com o tempo, e não será muito, até os seus "amigos" mais próximos empregarão.
Conviremos então, que dentro em breve uma realidade o concelho viverá!
A era pós-Eugénio de Castro.
Quem viveu e conheceu bem o passado deste concelho, quem viu as suas ideias manietadas durante anos, quem foi fustigado pelo pé rude daquele poder, começa agora a levantar a cabeça e no pensamento primeiro acredita que voltará a ter valor.
Já aqui o disse várias vezes; Independentemente da obra (mal feita e bem feita)o pior legado que este regime nos deixou foi o atrofio mental, a inépcia, o quero posso e mando e a divisão que nos incutiu com "quem não é por nós, é contra nós".
O próximo, seja ele qual for, terá a sua grande vitória se conseguir inverter esta "macabra ideologia" que durante anos foi a máxima daqueles que sempre gozaram no conforto do poder.
- Quem para a frente não olha, para trás se fica. Frase que na minha modesta opinião diz muito do que nada somos.
Olhemos então para a frente e discutamos e delineemos o nosso futuro colocando nesta mui saudável troca de impressões (expressões) a discussão sobre os projectos que com bom senso gostaríamos de ver implementados.

Ateu

Anónimo disse...

Era bom que assim fosse. Contudo, infelizmente, não se tem verificado. Porém, nunca é tarde para se recomeçar tudo de novo. Mãos à obra!

Cumprimentos

Carrazedense

Anónimo disse...

A propósito dos comentários que acabo de ler apetece-me citar, por entender ser opotuníssimo, Torga:
"Se eu cantasse, talvez o coração sossegasse no peito. Mas vou perdendo o jeito de cantar. Devagar, a vida leva-nos tudo, e deixa-nos na boca o gosto de ser mudo".

Anónimo disse...

Escrevo por baixo do comentàrio feito pelo Ateu. Infelizmente tudo o ele diz é verdade,não è por acaso que ele, O PRESIDENTE hà muito tempo não para por estas bandas.
Depois de ler principalmente o blogue PENSAR ANSIÃES porque no PENSAR CARRAZEDA comentário que seja dirigido a ele não è postado por isso por aì ninguém o importuna,eu no lugar dele já há muito tempo me tinha demitido e só uma pessoa com o cariz dele è que não o faz e sabem porquê?
Porque a vergonha passou à porta dele e não parou,por isso ele è tão desavergonhado e sem escrúpulos.Qerem também saber porquê SEM ESCRUPULOS? Porque assim recebe o seu ordenado e o resto que se lixe,aliás lixados ficamos todos nós desde que H.C.subiu pela primeira vez as escadas do Municipio após o seu regresso da Madeira.Esse homem foi o maior desastre que se podia dar no nosso Concelho por isso estamos no atraso em que estamos e ainda por cima deixa a Câmara endividada excedendo o nível de endividamento estabelecido por lei.
Agora pergunto?
Onde está a obra feita que justifique tal endividamento?
É que se a obra se visse tudo bem,o pior é que se atrasados estavamos mais atrasados ficamos,pois 20 anos é muito tempo para não deixar obra útil feita.
Claro que houve muita gente que também teve culpa porque não passaram de meras "TOUPEIRAS"esquecendo-se que o dinheiro não era deles mas sim de todos nós.
FORMIGA.

Anónimo disse...

Tem razão o anónimo anterior,ele deixa as dívidas e na verdade as obras não se vêm.Os empreiteiros a quem eram adjudicadas as poucas obras ou já estavam falidos, ou ficavam falidos durante a construção das mesmas ,resultado:
TRIBUNAL.Ora como os Tribunais são muito morosos com os processos, as poucas obras acabam por ficarem velhas.Que obras os municipes vêm completas ou em curso para tão grande endividamemto?
Eu francamente não vejo nenhuma,vejo a variante abandonada hà anos,vejo o Moínho do Vento pago e repago cheio de monte, as muralhas do Castelo de Ansiães idem.Vemos as obras de requalificação da Vila que presumo terem terem sido feitas com o mais fraco material que existia no mercado pois está tudo partido os postes nem se fala,até ver salva-se a entrada Sul da Vila.Vemos o Santuário de NOSSA SENHORA DA GRAÇA que poderia ser um dos pontos de atracção e descanso sem o mìnimo de condições.
SR Presidente pela primeira vêz seja honesto e diga qual a verdadeira dìvida da Câmara e onde gastou tanto dinheiro,bem como não foi capaz de apresentar projectos que visassem o desenvolvimento desta Vila e os que apresentou foi o que se vê.Refiro-lhe ainda a borrada que fêz com as TERMAS DE S.LOURENÇO QUE NÃO PASSARAM DE PROMESSAS ELEITORAIS.Se não tivessemos lugares de potencial desenvolvimento era um caso,mas nòs temos e muitos e como diz o anónimo anterior vinte anos que o SR esteve na Câmara nunca lhe surgiram ideias ,nem a si nem às equipas que consigo trabalharam.Se não era capaz sózinho porque não recorreu aos conselhos do seu amigo, vizinho e companheiro de tantas viagens de serviço porque o SR não era capaz de pôr os problemas nas Instituições,sabe a quem me refiro não sabe,mas como sofre de amnèsia eu lembro-lhe;o SR DOUTOR ARTUR PIMENTEL.
SIMLESMENTE:EU.