15 março 2008

Instituto dos Transportes Terrestres manda encerrar Linha do Tua

"A Linha do Tua vai encerrar a partir de amanhã entre a Brunheda e a foz do Tua por razões de segurança, inviabilizando, assim, a ligação com os comboios do Douro. A decisão foi tomada por Crisóstomo Teixeira, presidente do Conselho Directivo do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT), que já deu instruções à CP, à Refer e à Empresa do Metro Ligeiro de Mirandela (EMLM).
Na nota interna do IMTT, a que o PÚBLICO teve acesso, Crisóstomo Teixeira explica que, "devido a não estarem completos os estudos" para o estabelecimento de um regime de circulação de segurança diferente do que existia entre a estação do Tua e o apeadeiro da Ribeirinha, situado já depois da Brunheda, fica interdita a exploração ferroviária entre este apeadeiro e o Tua. No troço entre Brunheda e o apeadeiro de Ribeirinha, a circulação terá que ser feita em marcha à vista.
Curiosamente, foram divergências entre a CP e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) sobre o conceito de marcha à vista que levaram a esta decisão do IMTT. Os dois organismos não se entenderam sobre qual a velocidade máxima permitida, uma vez, que para a CP, o conceito de marcha à vista não estabelece uma velocidade máxima, dependendo das condições do troço e de visibilidade avaliadas pelo maquinista. Ou seja, em certos pontos a marcha à vista pode obrigar a uma velocidade máxima de 30 quilómetros por hora e noutros essa velocidade pode ser superior.
O IMTT tinha emitido uma licença de exploração ferroviária até ao dia 15 de Março, mas, como a CP e o LNEC não se entenderam sobre as condições de seguranças necessárias, aquele organismo decidiu interditar a circulação imediatamente."

no Público

6 comentários:

mario carvalho disse...

Vejam bem bagunçada responsável pela segurança e pelo país
às 16H30 o IMTT mandava encerrar e a CP anuia
às 19H00 a mesma entidade IMTT dizia que não era para encerrar mas para protelar e a CP dizia que se mantinha tudo como dantes..

Isto feito numa sexta feira ao fim da tarde , período de férias da Páscoa.. para ver se apanham os "pacóvios" como eles nos consideram mais uma vez distraídos

A Táctica foi a mesma .. lançamento das barragens .. dia 24 de Dezembro de 2006
Programa Nacional de Barragens ao fim de semana e qquassi sem divulgação




Linha do Tua: Suspensão adiada, REFER E LNEC têm uma semana para criarem condições

Bragança, 14 Mar (Lusa) - O Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT) deu uma semana à REFER e ao LNEC para providenciarem as condições necessárias de segurança à circulação na linha do Tua, disse hoje à Lusa fonte daquele organismo.

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O IMTT decidiu desta forma adiar a Instrução Complementar de Segurança (ICS) datada de hoje, que determinava a interdição da circulação em parte da linha, a partir de Domingo.

O documento, a que a Lusa teve acesso, foi enviado hoje à REFER, a proprietária da infra-estrutura, ao LNEC, o responsável pelos estudos de segurança, e ao metro de Mirandela, que assegura o transporte ao serviço da CP.

A entidade que supervisiona o sector, ordena que "fica interdita à exploração ferroviária o troço da linha entre a Brunheda e a estação do Tua", com data de entrada em vigor a 16 de Março.

O troço em causa reabriu há um mês e meio, depois de estar encerrado durante quase um ano devido ao acidente que matou a 12 de Fevereiro de 2007 três ferroviários.

A linha foi intervencionada e o IMTT deu uma licença provisória de circulação que termina a 15 de Março, no sábado.

De acordo com a ICS, esta decisão foi tomada por "não se encontrarem concluídos os estudos que permitam o estabelecimento de um regime de circulação" diferente do que vigora desde a reabertura.

A circulação entre a Brunheda e a Estação do Tua está a feita no chamado regime de "marcha à vista", a uma velocidade que permita ao maquinista parar perante qualquer obstáculo.

A velocidade imposta ronda em média os 30 quilómetros/hora, pouco menos que a normal nesta linha que é de 45 quilómetros/hora.

A ICS do IMTT ordena a interdição deste troço e a adopção da marcha à vista entre o apeadeiro da Ribeirinha e a Brunheda.

Pouco tempo depois de ter divulgado esta decisão, o IMTT decidiu adiar a sua execução por uma semana, e prorrogar pelo mesmo período o prazo para a REFER e o LNEC "providenciarem os requisitos necessários à circulação e operacionalidade da linha".

Depois de ter dito à Lusa que a CP iria cumprir a decisão da entidade de supervisão, o Gabinete de Imagem e Comunicação da empresa veio dizer que "não está prevista qualquer alteração na circulação".

O gabinete de imagem e comunicação da REFER disse também não ter indicações de que a circulação vai ser suspensa.

Já o presidente da Câmara de Mirandela e do metro, José Silvano, confirmou ter recebido a ordem do IMTT, mas remeteu declarações para segunda-feira.

Quem reagiu de imediato foi a coordenadora dos afectados pelas grandes barragens e transvazes (GOAGRET), que tem protestado contra a construção de uma barragem no Tua que vai submergir parte da linha.

Num documento enviado à Lusa, a GOAGRET, pede que se "toquem os sinos a rebate" contra o que considera "o fim da linha do Tua".

HFI.


© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-03-14 21:00:01

Sex Mar 14, 10:47:00 PM

Anónimo disse...

Esta é a política que invariavelmente tem sido seguida por este governo para com o interior do País:fecham-se ou reduzem-se ao mínimo os serviços para que os utentes os utilizem cada vez menos, par depois utilizar o fraco nº de utentes como justificação do seu encerramento.Foram os serviços de Saúde,seguem-se os tribunais, as finanças,cortam os meios de comunicação dos serviços agrícolas, encerram-se linhas, suprimem-se comboios e, claro, os utentes não os podem utilizar...pq eles não existem.Até quando as gentes do interior vão aguentar esta política e o desprezo e abandono a que descaradamente estamos sujeitos? Bem pode o Sócrates pregar que é para bem das contas do país, mas esquece a dimensão humana das consequencias da sua política.Não morremos da doença, morreremos certamente da cura...
Que todos os portugueses reflitam sobre a governação desastrosa(a k alguns chamam corajosa)deste governo em todos os sectores.
Controlaram o déficit?Assim qualquer merceeiro o faria,aumentando impostos, congelando salários, tributando a saúde...Medidas de fundo?Quais?
Se em nossas casas suprimirmos todas as necessidades, obtemos facilmente um mealheiro recheado,porém,eventualmente ficaremos doentes ou morreremos de fome...Pensem nisto.

mario carvalho disse...

http://www.youtube.com/watch?v=A8sbWcaOexQ

linha do tua património por qualificar

mario carvalho disse...

Eléctricas terão de avançar com alternativas para a Linha do Tua


ANA SUSPIRO
AMIN CHAAR - ARQUIVO DN
As eléctricas concorrentes à concepção, construção e exploração da barragem hidroeléctrica de Foz Tua terão de propor soluções alternativas que atenuem ou resolvam o afundamento da parte mais importante da linha ferroviária do Tua, mantendo--a operacional.

Esta é uma das condições do caderno de encargos do procedimento concursal que está a decorrer para adjudicar a primeira e a maior (em potência) das dez barragens prioritárias do plano anunciado pelo Governo. A solução para salvaguardar a linha do Tua vale cerca de 20% na avaliação final das propostas e está a causar algumas dificuldades aos concorrentes, adiantaram ao DN fontes de alguns dos candidatos. É que a alternativa terá de ser, em princípio, financiada pelo concorrente, o que afasta logo a construção de novo troço de linha que substitua o que deverá ser inundado pela albufeira porque este seria um investimento em dimensão comparável ao exigido na construção da própria barragem, um pouco acima de 200 milhões de euros. A proposta financeira, com valor base a pagar à cabeça pela concessão de 50 milhões de euros, é o critério mais importante (vale 50%). Seguem-se a componente técnica e o prazo de execução (até 2011).

Outras questão por esclarecer é quem vai explorar a alternativa que vier a ser encontrada. Afastada uma solução ferroviária, restarão as alternativas fluvial e rodoviária, que é a que tem sido utilizada durante o período em que a linha do Tua esteve fechada para obras após o acidente de 2007 (ver texto em baixo). E nestas opções, poderão ainda ser equacionadas respostas para a população local e opções mais vocacionadas para o potencial turístico da linha.

O tipo de solução dependerá ainda da dimensão do troço que ficar inundado, o que irá depender da cota proposta para a barragem. Quanto maior, mais interessante o empreendimento será do ponto de vista económico, mas mais graves serão os impactos, quer ao nível da extensão da linha afectada, quer também em área de vinha da região do Douro que se perde. E esta incerteza representa um risco ambiental significativo para o operador, já que a proposta vencedora pode ser condicionada quando o projecto for para avaliação de impacte ambiental. Apesar de reduzir em 170 metros a cota inicial prevista para salvar 15 quilómetros de um total de 35 km, que ficariam debaixo de água -a linha tem 54 km - a solução apresentada em Outubro não salvaguarda o troço mais importante, que é a ligação da linha do Tua à do Douro. Os concorrentes lutam ainda contra o pouco tempo dado para a elaboração das propostas, iniciadas em Fevereiro para serem entregues a 24 de Março. Houve pedidos de adiamento, mas foram recusados pelo júri.

São quatro as eléctricas que se apresentaram na corrida à primeira das novas barragens: EDP, Galp Energia e as espanholas Endesa e Gas Natural. Mas neste concurso especial, a EDP tem vantagem, na medida em que foi ela a primeira a propor o empreendimento e, por isso, para garantir a vitória basta-lhe igualar as condições e a pontuação da proposta vencedora. |

mc disse...

comunicado do mclt

em www.linhadotua.net

mc disse...

" É que a alternativa terá de ser, em princípio, financiada pelo concorrente, o que afasta logo a construção de novo troço de linha que substitua o que deverá ser inundado pela albufeira porque este seria um investimento em dimensão comparável ao exigido na construção da própria barragem, um pouco acima de 200 milhões de euros"

Só para fazer 20 Km de linha dizem que gastam 200 milhões.. Agora imaginem quanto vale a linha que temos .. com as obras de arte e com a sua beleza ...
Se destruirem a linha até à Brunheda são 200 milhões mais 120 anos de história que Carrazeda perde

mario