01 fevereiro 2008

Tragédia é a tragicomédia dos nossos dias

Não digo que não me esforço por parecer gratuito e irrelevante.
Pouca margem me fica para tentar ser importante, para pensar a sério sobre o nosso concelho. Esse espaço é preenchido por outros mais competentes, pelas notícias que se transcrevem, pelos comentadores mais instruídos. O meu exercício é contrabalançar, os factos e comentários, raramente optimistas e, as notícias quase sempre deprimentes.
Afinal que sei eu sobre a qualidade de vida no concelho! Que sei eu sobre o estado das finanças públicas do município! Que sei sobre as políticas sociais de combate à miséria e ao desemprego! Que sei eu sobre planos e projectos para engrandecer o município! Que sei das prioridades de investimento, do grau de produtividade, dos protocolos assinados, dos projectos em vias de execução, das avaliações que são feitas, das correcções assistidas, das noites de pesadelo dormidas, dos compromissos assumidos, das promessas cumpridas, dos erros emendados, das confissões absolvidas, do amor dedicado…!
Reconhecida tanta ignorância, entende-se melhor o meu papel de, apenas registar banalidades básicas ainda que em estilo verrinoso.
Não é para agradar á massa que voa ao sabor dos ventos, muito menos para a influenciar. Também não valerá procurar qualquer sentido épico ou gesto estóico.
Contudo e apesar do que digo, chega a parecer-me que há algum deleite, nalguns que me ouvem. Recentemente alguém que tenho o grato prazer de cumprimentar e, a quem retribuo o gesto de o ouvir também por aqui, mostrou-se algo decepcionado com os meus últimos teores. Arrisco diagnosticar as causas propondo, de duas uma. Ou perdi mesmo a graça, ou então este começou a tentar ler nas entrelinhas. Neste caso passaria a recomendar-lhe outra postura. È pouco provável que à distância, desconhecendo os meandros e posturas permitidas, consiga decifrar os códigos e atingir o seu desiderato. E depois que interesse haveria. Afinal arriscava-se a ser mais um que, tal como Sísifo ao despertar a raiva do grande Zeus, atiçasse a raiva de alguns e acabasse os dias na tarefa inútil de tentar transportar a pedra até ao alto da montanha.

2 comentários:

Anónimo disse...

Um autarca queria construir uma ponte e chamou três engenheiros:

Um alemão, um americano e um português.

- Faço por 3 milhões - disse o alemão :
- Um pela mão-de-obra,
- Um pelo material e
- Um para meu lucro.

- Faço por 6 milhões - propôs o americano :
- Dois pela mão-de-obra,
- Dois pelo material e
- Dois para mim.
- Mas o serviço é de primeira.

- Faço por 9 milhões - disse o português.
- Nove?!? - Espantou-se o presidente:
- É demais!!! Por quê?!?
- Três para mim,
- Três para si,
- E três para o alemão fazer a obra...

- Feito !!!

mario carvalho disse...

leituras para este carnaval molhado

http://clubedospensadores.blogspot.com/

além do Norteamos

cumprimentos
mario