27 fevereiro 2008

"Quem morde pelas costas, respeita a cara"

Tenho sempre de começar por encontrar uma justificação para responder aos que anonimamente me tentam “morder as canelas”.
Razões pessoais têm-me impedido ultimamente de estar atento ao que se diz no nosso Blog.
Relendo, um pouco atrasado, o que tem sido dito de rebarbativo sobre mim, e para que não se pense que calo, decidi replicar.
Começo por dizer que o que me dá o direito de aqui opinar, sobre o meio de onde sou natural e as instituições que o governam, é o facto de, para tal ter sido convidado e eu ter aceite. Evidentemente que este argumento não chegaria se outros também peremptórios, não fossem acrescentados. Tratam de poder provar que, sou honesto, trabalho e produzo, pago fortes impostos e, da valia que já gerei poder dizer que ainda sustento dois filhos, que estão a produzir também.
Estes aspectos são decisivos porque me dão por exemplo o direito de saber onde são gastas as energias que sou obrigado a entregar ao estado.
Esta será a principal razão critica para constantemente contestar o desperdício, o desvario e a incompetência que graça no meu concelho. Não me digam que tenho de provar que faria melhor porque são os que lá estão que têm a responsabilidade de o fazer. Por sua vez não assumo o papel de louvar aquilo que todos os que trabalham requerem que seja feito.
Só resta então provar-se que não tenho razão naquilo que digo e nas críticas que faço, ou então, o que será mais fácil, ignorar. È assim que, como generoso que sou, acabo por suportar mesmo as críticas negativas que me fazem. Pior que isso, e porventura mais compreensível atendendo ás condições endógenas do meio, era que a indiferença já tivesse chegado ao tutano de todas as cabecinhas e “graças a deus”, não chegou.

12 comentários:

Anónimo disse...

O Sr. é tão contribuinte deste país como outra pessoa qualquer, se paga fortes impostos, ainda bem para si, é sinal que recebe na proporção do que paga. se tem dois filhos para sustentar, não sei o que isso tem de diferente com metade dos portugueses,sendo que se calhar nem metade desses terá a sua situação, claro está que não sei qual é,nem me interessa, nem tão pouco tenho o direito de sobre isso indagar, no entanto, por se de Carrazada e o conhecer de vista, parece-me, e ainda bem que provavelmente pode dar uma vida confrotável aos seus.
Se o Sr. escreve porque o convidaram, nada de anormal, mas a partir do momento em que o faz, passa a aplicar-se o ditado" Quem diz o que quer, está sujeito a ouvir o que não quer!" Que eu saiba é assim com todos nós, não somos perfeitos.
Por fim resta-me dizer-lhe que aquilo que desprezo no que o Sr escreve, é o facto de criticar sistematicamente tudo e todos, nunca encontra nada de positivo do que se faz no concelho. A Câmara, politica à parte, é sempre o alvo a abater. Para si, pelo menos é o que espelha, não passam de um bando de incompetentes e ignorantes, e não é bem assim. O sr. sabe que existe muita gente na autarquia que trabalha e que é competente no que faz. Se se preocupa tanto com o dinheiro dos seus impostos não sei porque bate tanto na Câmara e tão pouco no Governo!
Sabe, sendo o sr. de Carrazeda causa estranheza que esteja sempre tão cáustico, nunca encontrando nada de positivo, limitando-se a criticar de forma reiterarda sempre os mesmos.

Anónimo disse...

Ao que esta pobre gente está sujeita!!!
Será que as pessoas deste Concelho não merecem mais respeito?

Anónimo disse...

Toda a gente merece respeito, conquanto que respeite os outros! Desconheço a existência de mártires em carrazeda.

mario carvalho disse...

http://www.youtube.com/watch?v=RtOLSXFf_MA&NR=1


para descontrair

cumprimentos

Helder Carvalho disse...

Julgo que entendeu primeiro que tudo, os direitos que me arrogo para poder dar opiniões sobre a coisa pública. Eu valorizo estes direitos de cidadania, outros valorizam outros.
Porque se cruza comigo também posso deduzir que me conhece de vista o que o ajuda a demarcar-se da peçonha.
À primeira vista dá para pressupor que é feliz no seu modo de vida. Parece acreditar na competência daqueles que o governam e na honestidade de processos que estes usam. Tenho-lhe inveja. Pessoalmente, para confiar teria de acreditar que no meu concelho, não há pobreza, miséria e emigração. Teria de acreditar que não há cidadãos de primeira e de segunda, que as instituições que nos regem são honestas nos processos de promover a competência, exigir a responsabilização, reprimir quem erra ou faz o mal. Teria de imaginar um futuro risonho, sem contas para pagar, sem a penhora de bens imprescindíveis, com gente motivada e participativa.
Deduziu muito bem que eu consigo sustentar medianamente os meus. Por tal facto talvez seja de deduzir também que não é para mim que desejo uma vida melhor. Terá já deduzido que o meu trabalho não depende do engajamento com o sistema. Tal facto, tem poucas contrapartidas mas permite-me dar a cara e assumir o que digo e compreender os tristes que, nem o nome podem usar.
Sugere-me que fale das coisas boas que vislumbra. Parece-me que esse papel talvez o conseguisse desempenhar você. Nestes casos até se aceita bem que o faça sem se nomear. È este o desafio que lhe deixo. Rebata os meus argumentos com factos e estará a cumprir uma função decisiva que, entre outros resultados me converteria a mim para a causa da sua paixão.
Helder Carvalho

Anónimo disse...

Helder Carvalho ao seu melhor estilo. Competência, Honestidade é com este Senhor.

Ou será que estamos perante mais um ressabiado! O Futuro o dirá.

Anónimo disse...

Não deixa de não ter razão num aspecto. Sim é verdade que não me identifico neste blog, o que faço por motivos vários e que não sinto aqui e agora necessidade de explicar.
Quanto ao ponto essencial, rebater os seus argumentos, quero-lhe dizer que não se preocupe quanto a isso, porque num dia de sol, talvez o faça pessoalmente! Fica a promessa.Talvez se surpreenda, ou talvez não, quem sabe! Rebater os seus argumentos aqui para quê? Se visionarmos o histórico do blog, não se tem feito outra coisa, uns acusam, outros respondem! o tipico vira o disco e toca o mesmo.Uma vez que me solicita, quando tiver oportunidade, reitero a promessa. Será pessoalmente.
Só lhe quero dizer que sou um jovem licenciado que como tantos outros se encontra deslocado do seu concelho! E agora pergunto-lhe: Quem tem culpa de eu não ter emprego na minha terra, onde desde já lhe digo que não me importava de estar? A seguir a sua linha de raciocinio, uma vez que a Câmara é a culpada de tudo o que sucede em Carrazeda, será então a Câmara que tem culpa de eu não ter trabalho! Obviamente que não é assim, talvez o Governo de sua Majestade tenha muita culpa!
Apesar do anonimato, participo aqui democráticamente, sujeitando-me de igual forma a ler coisas que embora menos agradáveis, obviamente acato, não perdendo nem mais um minuto com elas a partir do momento em que as leio, mas sabe, na vida tudo me ensina, já viu, até o Sr., quanto a isso não tenha a menor duvida. Apesar de, como lhe disse não gostar em regra do que escreve por ser sistematicamente destrutivo, gostava também de lhe deixar um desafio, positivo, e não utópico. Tenho pena que sendo o Sr um homem das artes, oficio que tanto aprecio, não consiga escrever uma crónica positiva sobre o concelho. aqui fica o repto, que espero que aceite de boa vontade.

Anónimo disse...

Há certas vozes que não entram no céu, a sua é uma delas, adivinhe porquê!!!!!!

Anónimo disse...

Ao Sr. Anónimo Fev 28, 09:19:00 AM

Olhe que não é fácil escrever positivamente sobre este concelho.
Aliás, experimente.

mario carvalho disse...

O que mais preocupa não é o grito dos violentos,
nem dos corruptos, nem dos desonestos,
nem dos sem caráter, nem dos sem-ética.
O que mais preocupa é o silêncio dos bons".
Martin Luther King
mario

helder carvalho disse...

Apesar de tudo estou convencido de que, pelo menos você aguarda a minha contra argumentação. Desta vez desejava começar por lhe dizer que mereceu de mim a diligência de me levantar mais cedo para lhe responder, num dia que vai ser de muito trabalho e preocupação.
Já percebeu que eu gosto sempre de ter razão, contudo também já de ter notado que não tenho condições nem direito ou obrigação de a impor. Para quem se apresenta aqui tão derrotista, estes factores ajudam a melhorar a situação. No fundo o que para mim importa é sentir-me bem para comigo. Os que me conhecem compreendem-me e tornam-se meus amigos.
Pelo que acrescenta, constato que será uma pessoa jovem que, com formação superior, não arranjou emprego (Trabalho?!) na terra que é dos dois. Da sua apreciação sobre este facto depreende que eu culparia a C.M. por tal facto. Efectivamente assim é. Na minha opinião a nossa autarquia devia reconhecer o potencial de valor acrescentado que constituiu, o esforço que terão feito os seus pais, você e o estado para a sua formação. Assim, se interessado, deveria ter sido posto ao corrente das perspectivas de trabalho e de realização que haveria na terra. Deveriam ter sido louvados os seus pais por estes terem feito o esforço suplementar de, na interioridade, terem formado um filho e, devia ter sido promovido este exemplo.
Eu que sou crítico das churrascadas pagas pelo erário público, consideraria por exemplo louvável que esta iniciativa tivesse lugar á mesa de um restaurante, a custos da autarquia.
Duvido que tal sugestão entre na mentalidade dos nossos autarcas. Entristece-me mais ainda que para si, jovem promissor (?) constitua utopia este meu pensar. Por isso também entendo que, dou um exemplo, aceite que uma autarquia, arruinada como a nossa, gaste dinheiro a iluminar marcos geodésicos e parques de merendas, em vez de apoiar, por exemplo com bolsas de estudo, estudantes carenciados. Se conhecer algum exemplo mais, deste género, aponte-mo para que” eu pecador me confesse”.
Convido-o em conclusão a analisar com atenção o mundo que o rodeia e possivelmente, chegará ás mesmas conclusões que eu. A culpa de quem nos governa mal é nossa, porque deixamos. Helder carvalho

Anónimo disse...

Bota male!!!!!!