Contra a Barragem

Autarca de Murça defende Barragem até à quota de 165 metros

Para minimizar o impacto sobre a linha ferroviária do Tua o Instituto Nacional da Água admitiu, em missiva enviada à Câmara de Murça, a possibilidade de baixar a cota da barragem do Tua inicialmente prevista de 200 metros. Refere até que o interesse em minorar a interferência na via poderá levar “à adopção de uma cota da ordem dos 170 metros”. Assim, a linha ficaria submersa apenas até Brunheda, cerca de 20 quilómetros.

A autarquia de Murça reivindicou que a cota ideal para minimizar danos no concelho, e nos vizinhos, seria a de 165. O Instituto da Água respondeu, porém, que uma cota de 160 metros “reduzirá a potência a instalar e a energia produzida”, embora possibilite baixar para 13 quilómetros o troço de via-férrea sob água.

Verdes queixam-se na UNESCO da construção da barragem do Tua

“Fizemos uma queixa à Unesco e estamos à espera de uma resposta”, revela José Miguel Gonçalves, deputado do partido Os Verdes na Assembleia da República. Os ecologistas queixaram-se perante a entidade que atribuiu o galardão de Património da Humanidade ao Douro, já que, segundo dizem, “a barragem do Tua está na zona envolvente e tem impacto em termos paisagísticos na zona classificada”.