29 janeiro 2008

Pensar dos leitores

"Quando o mal não é morte, todo o socorro chega a tempo !". O conflito deve-se à duplicação de meios: o INEM e os Bombeiros. Mas existe uma grande diferença: Os Bombeiros respondem a TODOS os pedidos de socorro... o INEM perde-se em perguntas fúteis e só assegura meios se, subjectivamente, considerarem que se trata de "casos graves".
Está mal ! Eu posso estar mal disposta e transmitir que tenho sintomas de um ataque cardíaco e...sou atendida. Mas também posso estar a desenvolver um ataque cardíaco e transmitir que me sinto indisposta e ... não sou atendida. Penso que só um médico, em contacto com o doente, pode avaliar da sua saúde ou da sua doença. E tenho a certeza que, se um dia precisar não ligo 112... ligo Bombeiros, mesmo que tenha que pagar a viagem ! Isto é só a opinião de quem vive a 40 Km da VEMER mais próxima e a 2 Km dos Bombeiros.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ora bem quando se diz aqui que os Bombeiros respondem a TODOS os pedidos de socorro (mal ou bem)... não concordo, uma vez que o caso de Alijó veio provar o contrário...pois não responderam a um pedido de socorro via CODU (Centro de Orientação de Doentes URGENTES)!

Não responderam...como revelaram uma incompetência tão grande... que só demonstra total amadorismo por parte destes (nem todos)...que sempre ambicionaram ser reconhecidos como um corpo "profissional"...mas com elementos destes, a classe não sai em nada dignificada!


Bem essa das "...perguntas fúteis...", até me deixa...

Por amor de Deus, acha que profissionais de saúde (os melhores) (Médicos,Enfermeiros,TAE), vão perder tempo com perguntas futeis, quando estão vidas em causa?

Saibam que as questões são estruturadas/colocadas com base em guidelines internacionais da especialidade, não são feitas á toa!

Agora que me digam que estes profissionais trabalham sob grande pressão e num grau de subjectividade diagnóstica muito grande concordo plenamente...pois para além de ser um trabalho que exige muitos conhecimentos no que se refere á componente assistêncial/médica, também exige capacidades comunicacionais...que por vezes só existem da parte destes profissionais.

O ideal seria, e utilizando parte do seu exemplo: "Eu posso estar mal disposta e transmitir..." e transmitir os verdadeiros sintomas, já agora com nomes técnicos e tudo...!

ZZ
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RETIRADO DO SITE DO INEM

CODU


Os Centros de Orientação de Doentes Urgentes são Centrais de Emergência Médica responsáveis pela medicalização do Número Europeu de Emergência - 112. Na prática são transferidos para os CODU os pedidos de socorro efectuados por aquela via, referentes a situações de urgência ou emergência na área da saúde. O seu funcionamento é assegurado ao longo das 24 horas do dia por uma equipa de profissionais qualificados (médicos e operadores) com formação específica para efectuar o atendimento, triagem, aconselhamento, selecção e envio de meios de socorro.

Compete aos CODU atender e avaliar no mais curto espaço de tempo os pedidos de socorro recebidos, com o objectivo de determinar os recursos necessários e adequados a cada caso. Para o efeito os CODU dispõem de um conjunto de equipamentos na área das telecomunicações e informática que permitem coordenar e rentabilizar os meios humanos e recursos técnicos existentes.

Os CODU coordenam e gerem um conjunto de meios de socorro (ambulâncias de socorro, viaturas médicas e helicópteros) seleccionados com base na situação clínica das vítimas, com o objectivo de prestar o socorro mais adequado no mais curto espaço de tempo. Ou seja seleccionam e mobilizam de forma criteriosa os recursos necessários a cada caso. Os CODU asseguram ainda o acompanhamento das equipas de socorro aquando da sua actuação no terreno e, de acordo com as informações clínicas recebidas, é ainda possível seleccionar e preparar a recepção hospitalar dos doentes, com base em critérios clínicos, geográficos e de recursos da Unidade de Saúde de destino. O INEM tem quatro CODU em funcionamento, em Lisboa, Porto, Coimbra e Algarve

VMER

A Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) é um veículo de intervenção pré-hospitalar, concebido para o transporte rápido de uma equipa médica directamente ao local onde se encontra o doente. Com uma equipa constituída por um médico e um enfermeiro ou tripulante de ambulância de socorro, dispõe de equipamento de Suporte Avançado de Vida.
Actuando na dependência directa dos CODU, as VMER têm base hospitalar, tendo como objectivo a estabilização pré-hospitalar e o acompanhamento médico durante o transporte de vítimas de acidente ou doença súbita em situações de emergência.

Anónimo disse...

Muito bem !
Então vamos profissionalizar os Bombeiros... que se criem Equipas de Intervenção Permanente dos Bombeiros Voluntários, conforme prevê a Portaria nº 1358/07, de 15/10, que permitam responder, na perfeição, às solicitações que recebem.
Não se pode, na minha opinião, exigir a um homem (o tal amador, como diz) responsabilidades que o ultrapassam.
O caso de Favaios foi um "episódio isolado" e não podemos, por isso, generalizar tal actuação.