28 janeiro 2008

Emergência médica



Antes do encerramento dos SAP também não tínhamos uma verdadeira urgência; só que o nível de insegurança dos utentes cresceu com a ausência de um atendimento médico permanente a partir das 20 horas. E isto em termos psicológicos e sensação de segurança é deveras importante. A população que adoece à noite nos concelhos do interior não sabe muito bem a quem recorrer - dirigir-se ao Centro de Saúde, ligar ao 112, ou ficar em casa e fazer uma mezinha caseira como nos tempos dos nossos avós, qual será a melhor solução?

A propósito do 112. Não há muito tempo tive de recorrer a este serviço por doença grave de um familiar. Depois da conversa preambular, foi-me informado pelo serviço de urgência que não estava a ser possível contactar os bombeiros locais e teria de ser eu a fazê-lo. Na aflição, assim fiz, sendo-me imediatamente informado que nesta situação teria de pagar o transporte até ao Centro de Saúde Local. Claro que face à situação nada regateei. Poucos dias passados lá me apareceu a factura em casa. Custos da interioridade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ser como o Louçã.
Os Bombeiros tinham que fazer o transporte, com SAP ou sem SAP!
Então o problema foi de não haver SAP ou dos bombeiros?
A reforma da saúde em curso é apontada como necessária pela maioria.
O então ministro meteu "a pata na poça" ao não disponibilizar meios suficientes para anular o fecho dos SAP'S.
Mas os demagogos teimam em falar só no fecho porque dá votos!
Agora chego à conclusão que sempre andei enganada porque afinal o SAP do Centro de Saúde não é serviço de urgência. Eu sinceramente julgava que era.
Não é menos verdade que esta reforma também tem o seu lado economicista. Concordo com o ex-ministro quando diz que o grande problema são a falta de médicos porque compreende-se que com mais cada um faria as suas 8 horinhas e recebia o seu ordenado. Da forma como está há médicos a receber 12.500 € / mês...