19 setembro 2006

Exortação

Lembrei-me de colaborar com o nosso Presidente da Câmara e participar no desafio por ele feito recentemente aos jovens agricultores. Nesse desafio ele exorta e incentiva os jovens a desafiarem a C.M. apresentando propostas.
Evidentemente que corro o risco de, não sendo jovem nem agricultor, poder ser criticado por não saber do que se trata. Haverá também aqueles que, duvidando da lisura com que a questão é apresentada pela C.M. se limitarão a passar à frente. O facto é que este espaço de reflexão, permite-me pensar e, até onde é possível, provar que é realizável evoluirmos. Assim os responsáveis o permitam e todos nós queiramos.
Ter-se-á pois concluído que a agricultura é finalmente uma prioridade para os jovens. Será então que se muda o paradigma! Os investimentos deixarão de ser de fachada?
Pelo que consta, tudo indica que será construída o IC 5 que, atravessando o concelho, nos dará finalmente o melhor acesso aos grandes centros comerciais e industriais de escoamento de produtos do país.
A primeira sugestão que eu faço vai no sentido de, nas variantes de acesso no concelho a esse IC, se adquiram terrenos que permitam a criação de mais pólos industriais de transformação e entrepostos comerciais, para o melhor escoamento dos nossos produtos agrícolas.
Um outro investimento que contribuirá sobremaneira no apoio aos agricultores será, a implementação de ramais de electricidade nas zonas de melhor qualidade agrícola, que permitam aos interessados a requisição de contadores de electricidade mais próximos dos seus investimentos agrícolas. No que respeita particularmente à energia recordo proposta feita em 2000 onde se sugeria o estudo e instalação de gás natural que viesse a servir as indústrias e serviços. A melhoria de acessos nas zonas de mais investimento agrícola também é uma responsabilidade da C.M.
O concelho possui algumas ribeiras com bom caudal de água no Inverno. A sugestão é a de se apoiar a criação de barragens de media dimensão, com canais de irrigação e melhorar a impermeabilização dos ribeiros que existem. A promoção e marketing dos produtos da região, desde que bem planeados são de conveniência para todos. Aqui lembro sugestões já anteriormente feitas em sede própria, tendo por base a dinamização do Mercado Municipal.
Neste particular recordo ainda, por exemplo o caso da Feira da Maça que, integrada nas Festas do Concelho, foi o único evento onde os expositores tiveram que pagar, em vez de lhes terem pago a sua participação nas festas, como fizeram em todo o restante programa incluindo o religioso.
O apoio e promoção de estudos, concursos, eventos, visitas de estudo, apoios concretos a projectos inovadores, será sempre bem-vindo.
A criação de protocolos por exemplo com Escolas Agrícolas será uma iniciativa que poderá trazer inovação e renovação, por exemplo na aposta em novas culturas. A Escola Profissional pode dar o exemplo.
Exigir e assumir a quota parte de responsabilidade da C.M. na gestão do Complexo Agro-Pecuário de Cachão é mais uma iniciativa a louvar-se.
As próprias instalações e serviços da C.M. podem dar contributos importantes no apoio á criação de empresas, na disponibilização de serviços e meios técnicos em determinadas fases de planeamento. A redução de taxas e impostos municipais em imóveis agrícolas ou industriais é outra decisão que deve ser aprovada.
Finalmente justifica-se lembrar o papel que junto das instituições adequadas, sobretudo junto do poder central, cumpre à C. M. de promover e pugnar pela defesa e implementação de investimentos na nossa agricultura mais lucrativa.
Dadas ou vendidas, ideias não faltam. Aguardemos pois para já a criação de mais um departamento com o respectivo chefe e gabinete de trabalho. Depois veremos no que isto vai dar.

Hélder Carvalho

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