
A Quercus anunciou hoje que vai interpor uma acção judicial contra o Estado português por alegadas "ilegalidades" no processo da futura auto-estrada 4, que vai ligar Vila Real (Parada de Cunhos) até Bragança (Quintanilha). (...)
A Quercus critica a "omissão" da "destruição da Rede Natura 2000" na Declaração de Impacte Ambiental da A4 e a "inexistência de um verdadeiro estudo" que justifique a não utilização do traçado do IP4. A associação defende a utilização do actual traçado do IP4 que passa a Norte da cidade transmontana alegando ser a solução "mais barata" e "com menores impactes ambientais". Esta opção também é defendida pelo movimento Cidadãos por Vila Real, que luta contra a construção de um viaduto de quase três quilómetros de cumprimento e uma altura equivalente a um prédio de 50 andares, inserido na A4, que vai atravessar a Rede Natura 2000 junto à cidade e representa um investimento de 110 milhões de euros.
Quatro concorrentes à barragem do Tua
Até Abril vai ser feita a adjudicação da construção da barragem na Foz do Tua. A revelação é do presidente do Instituto Nacional da Água que adianta que há quatro empresas interessadas no empreendimento. Para além da EDP, cujo interesse já era conhecido, Galp Energia, Endesa e Gaz Natural também são concorrentes à construção da barragem.
O concurso foi lançado em Janeiro e, segundo Orlando Borges, no final de Março deve ser conhecido o nome do concessionário vencedor. Contudo, também se sabe que a EDP tem direito de preferência no que diz respeito à concretização desta albufeira.
O concurso foi lançado em Janeiro e, segundo Orlando Borges, no final de Março deve ser conhecido o nome do concessionário vencedor. Contudo, também se sabe que a EDP tem direito de preferência no que diz respeito à concretização desta albufeira.
2 comentários:
Observatório quer investigação sobre perigosidade do IP4
O presidente do Observatório de Segurança das Estradas e Cidades (OSEC) reuniu-se, esta terça-feira, com o vice-procurador-geral da República para informar que vai pedir esta semana uma investigação do Ministério Público sobre a perigosidade do IP4.
( 21:01 / 26 de Fevereiro 08 )
O Observatório de Segurança das Estradas e Cidades (OSEC)vai pedir ao Ministério Público para investigar a perigosidade do IP4, a via rápida que liga Amarante a Bragança.
O presidente do OSEC, o juiz Nuno Salpico, esteve esta tarde reunido com o vice-procurador-geral da República, tendo informado que o pedido de investigação será entregue quinta ou sexta-feira.
Em declarações à TSF, Nuno Salpico explicou que, neste processo, o Ministério Público não terá grandes problemas em juntar provas.
Nuno Salpico sublinhou que que esta via, como várias outras no país, apresenta «defeitos graves» de concepção que podem provocar acidentes e mortes.
«Convém que o MP investigue eventuais responsabilidades criminais dos agentes administrativos [quadros administrativos das Estradas de Portugal] e responsáveis pela construção», acrescentou.
mario
EMPRESAS Publicado 26 Fevereiro 2008
Renováveis são a principal aposta dos espanhóis
Fenosa quer investir parte dos 9 mil milhões de euros do plano estratégico em Portugal
A Union Fenosa está disponível para investir, em Portugal, parte dos 9 mil milhões de euros do plano global da empresa até 2012, no âmbito de uma estratégia de consolidação do mercado ibérico. A eléctrica espanhola pretende crescer por via de aquisições e parcerias, sobretudo, tendo interesse imediato nas renováveis.
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Tânia Ferreira
tf@mediafin.pt
A Union Fenosa está disponível para investir, em Portugal, parte dos 9 mil milhões de euros do plano global da empresa até 2012, no âmbito de uma estratégia de consolidação do mercado ibérico. A eléctrica espanhola pretende crescer por via de aquisições e parcerias, sobretudo, tendo interesse imediato nas renováveis.
"Estamos sobretudo interessados nas hídricas, renováveis e biomassa", declarou esta manhã Luis Dias Lopez, administrador da Union Fenosa em Portugal, sem, no entanto, avançar com os montantes de investimento que podem estar associados aos novos projectos.
As declarações foram proferidas durante a apresentação do primeiro índice de eficiência energética no sector doméstico em Portugal.
Depois de ter perdido as duas fases do concurso das eólicas para os consórcios liderados pela EDP e pela Galp Energia, a UF diz que "a única forma de crescermos agora nas eólicas é por via de aquisições e estamos a estudar várias oportunidades de negócios", avançou o responsável, sem querer concretizar.
Os novos concursos das barragens são outra aposta da Fenosa. A empresa está, neste momento, a preparar-se para concorrer à barragem de Foz Tua, admitindo estabelecer alianças para o efeito, mas também não descarta avançar sozinha.
Sobre o direito de preferência da EDP nesta barragem, Dias Lopez lamenta, afirmando que "não faz sentido que um operador dominante tenha um direito de preferência. Isso é mau para o País".
Num tom crítico, o administrador da UF em Portugal defende que "a EDP e a Galp, que são operadores dominantes não podem continuar a ganhar todos os concursos", porque "isso é montar um cenário para que afinal o resultado seja sempre o mesmo".
A tomada de participações em grandes empresas em Portugal, como a EDP e a Galp, não faz parte dos planos da Union Fenosa.
UF vai continuar a operar no mercado nacional
A Union Fenosa está presente em Portugal há quatro anos, "pretendendo continuar com a actividade, apesar das actuais condições do mercado liberalizado", garante o gestor.
Ao contrário da Endesa e da Iberdrola, por exemplo, "nós instalámos uma estrutura permanente em Portugal e continuamos a apostar, porque para a Union Fenosa não há mercados separados, há a Península Ibérica".
A eléctrica espanhola quando entrou em Portugal projectava vir ter uma quota de mercado de 15%, mas nunca atingiu este objectivo, estando hoje nos 3%.
"Esta meta nunca foi atingida, devido às assimetrias que ainda existem em Portugal, nomeadamente, em termos tarifários, já que a tarifa regulada é mais barata do que qualquer comercializador livre pode oferecer aos clientes", considera Dias Lopez, lembrando que houve clientes que voltaram à tarifa, depois de primeiro terem mudado para os novos agentes.
A UF tem cerca de mil clientes de electricidade em Portugal, "e todos os dias este número baixa". O mercado liberalizado em Portugal representa hoje cerca de 10% do mercado total, estando também a incumbente EDP a operar neste segmento. Em 2005, o mercado liberalizado ocupava uma fatia superior a 20% do total.
Para compensar a falta de dinamismo no negócio de venda de electricidade, a Union Fenosa quer crescer em outras actividades como a consultoria de eficiência energética.
Ainda hoje, a empresa divulgou o primeiro índice nacional que mede a eficiência energética no sector doméstico, através do qual concluiu que o sector residencial em Portugal desperdiça 10% da energia que consome.
Isto corresponde a 1.857 GWh, que dariam para iluminar 714 mil lares portugueses durante um ano.
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