È com enlevo que tenho escutado as opiniões que aqui se têm veiculado sobre a hipótese da construção da barragem do Rio Tua.
Infelizmente pertenço aos que não acreditam que a barragem se não faça, conhecido que é o seu potencial e o contexto em que, com o preço do petróleo, se procura minimizar a crise energética. Sabendo-se que dependemos da energia que compramos no exterior (muita dela nuclear), em cerca de 80%, parece-me ridículo questionar-se a barragem no Tua (que terá um potencial de armazenamento e produção de energia, várias vezes superior a outras barragens previstas), com o facto de esta possuir uma bela paisagem e uma linda linha de caminho de ferro. A não ser que me provem que estes factores serão no futuro, mais importantes e audaciosos, que a procura da independência energética.
È curioso ver a política da C.P. que, tudo tendo feito para acabar, apesar da sua beleza, com a linha do Tua, vem agora tentar recuperá-la, para a melhor obtenção das respectivas contrapartidas quando da sua emersão.
Das opiniões do Sr. Presidente de Câmara de Mirandela, nem vale a pena falar.
Devo acrescentar que, se razão superior houvesse para lutar pela preservação do rio selvagem, faltaria sempre quem, com responsabilidade e vontade política, liderasse na luta por esse direito e conseguisse vencer. Infelizmente no meu concelho têm sido poucos os que, têm assumido com frontalidade a luta por valores e princípios que, com perspectivas diferentes, persiguam o progresso, o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida das populações. E o exemplo de como temos tratado o rio Tua e o potencial que tinha, é um bom modelo para o que digo. Resta-me pois ser realista e exigir as contrapartidas que compensem o grande prejuízo patrimonial que se vai ter. È para aqui que deveriam ser apontadas as energias e discutidas as melhores ideias. Pessoalmente já manifestei a minha opinião de que deveríamos exigir já, um melhor acesso a vias rápidas de comunicação. Há outra ideia, que é a de exigir que fossem caucionadas condições de investimento que garantissem que uma parte da energia que ali se produzirá, fosse gasta no concelho. Mas esta ideia está dependente da capacidade empreendedora que teríamos de saber demonstrar. Aqui a realidade faz de mim pessimista. Bem vistas as coisas, parece mesmo que só somos capazes de usufruir da beleza do rio, quando para lá vamos pescar á linha. Esta última actividade parece que continuará a valer.
Caro Prof
ResponderEliminarSugiro que apresente amanhã em Mirandela este seu pertinente comentário.. Quanto ao parecer ridiculo questionar-se a barragem do Tua permita-me mas a nossa opinião é contrária .. ridiculo é não se questionar..
cumprimentos e esperamos por si
maio carvalho
não quetionar a barragem é fazer como a avestruz meter acabeça na areia como diz
ResponderEliminarSenhor professor , até a pesca será afectada. Já ouviu falar que sessenta % das espècies dde peixe de àgua doce estâo em ias de extinçâo no nosso paìs? Deve_se essencialmente à passagem de um meio lòtico para meio lentico com todos os efeitos negativos que daì advem; serà melhor pensar nisso:
ResponderEliminarBoa!
ResponderEliminarO professor pelos vistos deve ter ido para a piscina a banhos quentes.
Tanta conversa, Mirandela tão perto e tudo ficou por dizer.
Claro que agora há boas desculpas, de preferência esfarrapadas!
É mais fácil falar no endividamento do Município sem ser preciso sair do sofá.