20 abril 2009

Perplexidades

Um choque frontal entre duas via-turas ligeiras, este sábado, no Itinerário Principal (IP) 4, próximo de Mirandela, causou a morte a uma jovem de 23 anos, residente na aldeia do Romeu, concelho de Mirandela.

O acidente aconteceu por volta das três horas e meia da madrugada de ontem, quando a vítima regressava de Vila Real para a sua residência (na aldeia de Romeu), ao volante de um Smart, e no sentido contrário (Mirandela/Vila Real) circulava uma viatura ligeira com cinco ocupantes, todos eles trabalhadores da construção civil, em Espanha, e que regressavam a casa para passar o fim de semana com as famílias, na zona de Penafiel.

Não são ainda conhecidas as causas que levaram ao choque frontal que viria a resultar na morte de Andreia Filipa Carneiro, enfermeira de um lar de idosos de Mirandela, propriedade da Santa Casa da Misericórdia.

(...)
Uma notícia do JN que por ser tão comum, quase já não é notícia. Não nos resignamos.
Uma jovem. 23 anos. Choque frontal. Alguém me diz: "É já a 4.ª colega do meu ano..." Mais uma família destroçada...
Continua a morrer-se no IP4. Quando é que parará esta tragédia?
As razões são desconhecidas. Parto daqui. Mas eu sei e todos aqueles que viajam neste itinerário principal sabem que só há até Vila Real separadores centrais; que os sinalizadores de geada terminam no alto do Marão quem vem do Porto e na sequente descida nem vê-los; que apesar de ser a estrada do país mais vigiada, continuam a circular veículos a alta velocidade e que os radares existentes estão sempre dissimulados e não funcionam como dissuasores.
Continua a morrer-se no IP4 há muitos e muitos anos e o que foi feito para travar a tragédia parece-me muito pouco.

14 comentários:

Anónimo disse...

E daí, o estarem prestes a começar as obras de prolongamento da A4 até Quintanilha, graças ao cumprimento das respectivas promessas deste governo, ao contrário dos anteriores governos da direita, que prometeram e não cumpriram e ainda hoje se insurgem contra estas e outras grandes obras imprescindíveis para um futuro de maior qualidade de vida!

Anónimo disse...

No seguimento do anónimo anterior, convém lembrar aos Portugueses que quem alterou o projecto inicial di IP4, que já previa o túnel do Marão, foi exactamente o actual Presidente da República, Anibal Cavaco Silva, que agora diz que é preciso poupar nos investimentos. Bem, mas com tanta poupança, quantas pessoas morreram ? Quanto se gastou nas indemnizações, quer nas vidas que se perderam como nas reparações dos veículos sinistrados? Não teria sido melhor gastar esse dinheiro em bons ivestimentos? Parafraseando a Rádio Renascença, "vale a pena pensar nisso"!
AJS

mario carvalho disse...

Mais perplexidades....!!!!!

www.democraciaportuguesa.org


NOTA SOBRE A GALP


O ano de 2008 foi um ano de grandes dificuldades para os portugueses e para 2009 estão previstos sacrifícios considerados no limite da nossa resistência.


Todos seremos chamados a participar num esforço muito grande para atingir um ponto de saída para a situação crítica em que nos encontramos.


Também a nível do Estado se conhecem medidas para racionalizar as possibilidades da política de segurança social, de fiscalidade e de acção social.


Contudo, temos, entre nós corpos estranhos. A GALP aproveitou o período de maior dificuldade de todos nós para aumentar os lucros, atingindo valores em 2008 que se tornam obscenos.


A GALP está na rota para a privatização total, com o fundamento de se tornar uma companhia mais rentável a prestar um melhor serviço; no entanto, aproveita o facto de disponibilizar um produto essencial para a vida do País e que é consumido pela totalidade da população, por via directa ou indirecta.


Se, em cenário, considerarmos que um automóvel familiar percorre 20.000km por ano gastando 10 litros/100km de combustível, nos 2.000 litros de combustível gastos por ano a GALP, representa várias centenas de euros por automóvel de lucro excessivo à custa do cidadão.


A GALP dispõe das duas únicas refinarias em território nacional às quais os outros retalhistas adquirem o grosso dos produtos que vendem no mercado interno.


E a Autoridade da Concorrência leva 6 meses para concluir aquilo que todos os portugueses já sabiam, ou seja, que as estações de serviço não são culpadas do preço do combustível nem existe cartelização. Existe sim monopólio do produto que é vendido aos retalhistas!



Portugal concedeu à GALP o monopólio de refinação sendo que o preço de venda dos produtos não leva em linha de conta os reais custos de produção (os ordenados dos trabalhadores não será idêntico aos da Holanda e Bélgica p. ex.) mas sim pela aplicação de uma disposição do Governo Durão Barroso, que permite ou obriga a seguir um preço concertado a nível internacional.


O Governo, sempre lesto a criticar medidas de governos anteriores e a exigir dos cidadãos as suas obrigações fiscais, assiste impávido a este verdadeiro assalto à bolsa do cidadão. Certamente porque aumenta a já dupla tributação do ISC e IVA.


A GALP tem ainda um monopólio logístico, e condições de primazia na rede de distribuição, o que a beneficia como retalhista em prejuízo dos portugueses. É-lhe concedida, inexplicavelmente, a melhor rede de distribuição nas auto-estradas principais e nas circulares das maiores cidades. Dispõe das infra-estruturas de acostagem na orla costeira e dos parques de combustíveis.


A GALP alienou uma terceira refinaria, a de Cabo Ruivo, a mais valiosa de todas, na região de Lisboa, e que alimentava o aeroporto da Portela por pipeline, a troco de compensações que não redistribuiu.


Em 2006 o Governo prestou um serviço à GALP ao inviabilizar uma nova refinaria em Sines, mais moderna, que iria criar condições de real concorrência. E erguem-se agora argumentos contra a construção de uma nova refinaria em Badajoz, porque ameaça o monopólio da GALP em Portugal.


Nunca nenhum país conviveu muito tempo com corpos estranhos como esta empresa, sobrecarregando-nos aviltantemente com as infra-estruturas que a privatização lhe concedeu e com os reais impedimentos a uma concorrência.


E quando as sociedades têm corpos estranhos, que actuam ao arrepio dos seus esforços, algo tem de ser feito. Algo acaba sempre por acontecer que repõe a justiça social.


Se fracassou a criação de um mercado de concorrência neste sector, o Estado terá de adoptar medidas correctivas a algo que está a funcionar contra corrente, e contra a nossa vontade de melhorar o nível de vida.


Dessa forma, o IDP recomenda que o Estado inicie procedimentos tendo em vista:


1 - Controlar os preços praticados pela refinação, não permitindo o lucro desmedido e ajustando-os ao clima de crise que se vive, tendo em conta que o combustível é um produto que influencia determinantemente toda a actividade económica individual e empresarial;


2 - Terminar o monopólio de refinação que a GALP usufrui;


3 – Implantar parques logísticos concorrentes com a GALP no Algarve, Lisboa, e Porto assim como Infra-estruturas de acostagem na orla costeira, que sejam concorrentes com as da GALP


4 - Criação de uma rede complementar concorrencial de 100 novos postos nas principais auto-estradas do Litoral, e nas Circulares de Lisboa e Porto.


O IDP desafia os Partidos, com e sem assento parlamentar, a incluírem estas medidas nos respectivos programas para as eleições Europeias e Legislativas.


É uma obrigação do Estado garantir as condições de concorrência prometidas, e que foram a fundamentação oficial para as quatro fases de privatização da GALP já realizadas.


O mercado só é aceitável em condições de concorrência. Se ela se revelar impossível neste sector, que se imponha uma estratégia para a GALP como empresa pública. A actual situação de monopólio, mesmo sem cartel, é inadmissível.


Nós, no IDP, estamos disponíveis para a apresentação de propostas concretas neste sector.



Lisboa, 22 de Abril de 2009


A Direcção do IDP

Anónimo disse...

Se efectivamente o ex-Primeiro-Ministro gastasse, o "grabeto" na obra que o sr. AJS refere, talvez o PS não esbanjasse tanto - como fez em 1995 e anos seguintes sem qualquer benfeitoria à excepção das SCUT's -, as quais deram origem a um "pantanal", nem tão pouco como agora quer voltar a fazer com algumas obras megalómanas.
Olho Vivo

Anónimo disse...

Que se saiba, o maior e mais vergonhoso pantanal da História política recente, aconteceu quando cavaco silva mandou bater e a encharcar com canhões de água,polícias contra polícias, só por reivindicarem melhores condições económicas. Então aqui não era bem empregue o grabeto? Só que nem para isto nem para obras importantes para o país havia grabeto. Ou melhor: haver havia, só que foi consumido (off shores, palacetes, limusines) por grandes burlões (banqueiros, ministros, administradores, etc) deste país, como agora se vem a saber. Se não houvesse esse saque gigante das nossas economias, hoje estaríamos bem melhor.
LM

José Alberto disse...

Fico perplexo com os comentários à "culpa" do ainda não prolongamento da A4.É deste governo! é do anterior! é do Presidente da Républica! enfim...o que interessa isso? quando mais uma vítima mortal "pagou" com a sua vida o laxismo dos transmontanos!A culpa é nossa minha gente , pois não temos força para qualquer reivindicação. Nós vivemos num país da républica das bananas, pois não vêem que agora os familiares das vítimas de Entre-os-Rios até têm que "pagar" porque sabiam que a ponte estava dada como "degradada"!e os pensionistas que já de si vivem com tantas dificuldades têm que pagar a coima por não apresentarem a declaração do IRS. O que nos resta é lamentar mais uma vítima, e a culpa morre solteira...infelismente já foram tantas e vão continuar a ser, porque para cá do Marão só moram os coitadinhos que só são lembrados nas horas e anos de eleições...com promessas é claro.
À família de mais esta jovem, os meus sinceros sentimentos de pesar.

Anónimo disse...

É terrível como algumas pessoas defendem a morte de tantos automobilistas só para pouparem alguns tostões.Com que então acha que defender a vida humana é esbanjar dinheiro .... Pois eu digo-lhe: - A vida humana não tem preço.
AJS

Anónimo disse...

Já agora, aconselho-o a ler a notícia, mesmo aqui ao lado neste Blog: Portugal foi o 3º país europeu que mais reduziu mortos na estrada. Como vê vale a pena "esbanjar dinheiro"..
AJS

Anónimo disse...

Onde é que se têm realizado as SCTU'S? Quem é que as paga? Caso não saiba é o povo. Acha legítimo que estas infra-estruturas realizadas no litoral sejam pagas com os impostos dos residentes no interior? Qual o motivo pela qual não é o utilizador?! A IP4 não foi o primeiro IP a ser construído logo a seguir ao 25 de Abril? Hoje, passados estes anos todos, já está concluído? Não. Quanto ao "grabeto" que podia (devia) ser aí aplicado, foi doado, por exemplo, à Fundação que Armando Vara criou para a regularização e sinalização das Estradas de Portugal. Lembra-se?? Será que esta instituição particular era necessária quando havida a Prevenção Rodoviária Portuguesa que desempenhava esta tarefa?
Quanto às mortes, obviamente que não têm preço em circunstâncias algumas. E na linha do TUA o que é que o actual Governo já fez? Quem fechou os outros troços ferroviários? Lembra-se do troço: Pocinho/Barca D'Alva? Pois, se não se lembra, este, foi encerrado quando era primeiro-ministro Mário Soares, ..., ..., . Mas, fruto dos 48 anos, há tantas necessidades!.. O que importa é definir prioridades. E neste campo, todos os governos não estão isentos de culpas.
Olho Vivo

Anónimo disse...

Que confusão vai nessa cabecinha Olho Vivo. Por acaso quem encerrou o troço de Mirandela a Bragança foi o seu Cavaco Silva. E por acaso a troço de Pocinho a Barca D'alva foi suspenso em 1987,logo no governo de Cavaco. Mas aqui justificava-se porque a RENFE espanhola fechou o troço de Boadilla-Barca d'Alva, a 1 de Janeiro de 1985 e portanto não tinha justificação a continuação do troço Pocinho a Barca D'Alva.
AJS

Anónimo disse...

Não sei se o sr. AJS tem procuração ou apenas "feeling" para defender aqueles incompetenes, sim, incompetentes que mandaram fechar, por exemplo, o troço ferroviário do Pocinho/Barca D'Alva! Infelizmnte aquilo que refere não é verdade. O troço foi encerrado e o Governo na altura referiu que "dava prejuízo". Hoje, existe uma Associação Intermunicipal de Municípios que o quer reabrir e o Governo não diz nada. Já agora quero lembrar-lhe que a EN 109 - com uma pequena parte construída junto de Foz-Tua -, e com projecto entre a cidade do Porto e Barca D'Alva (ligava o Porto/Salamanca) era muito mais útil para a região do que a navegabilidade do Douro, segundo dizia o Eng.º Paulo Valada da Ordem dos Engenheiros. A justificação deste projecto da navegabilidade, lançado pelo 1.º Governo Constitucional (sabe quem era?), tinha como justificação, entre outras, a exploração do minério de Torre de Moncorvo. Este não se explorou, e como justificação disseram que não era rentável. Executou-se, isso sim, o projecto da navegabilidade. Agora pergunto-lhe: com a execução deste, o que é que beneficiou a região e os altodurienses?
Não precisamos de muito. Apenas que se invista, localmente, a riqueza que o rio, a região e as suas gentes produzem. É por isto ( e não só!) que nenhum Governo está isento de culpas sr. AJS. Por isso, não defenda quem não é digno desse tratamento, nem tão pouco, se prenda a preconceitos politicos. Defenda a região. Sabe quem disse que tinha uns milhões para colocar Bragança no mapa? Se os havia, para onde foram? Os milhões não sei. O que eu sei, é que, quem disse isso, partiu afirmando: "(...) isto parece um pantanal"! Não confunda as coisas, sr. AJS. A nossa região, apesar de provinciana, infelizmente, deixa partir os seus que vão alimentar com a sua sabedoria os grandes centros urbanos. Daí que, como referia o grande escritor transmontano, Miguel Torga, precisamos que façam justiça aos calos e à pela gretada das mulheres e homens que trabalham as encostas do rio Douro ou, melhor: "Doiro". E isto, desculpe sr. AJS, mas v. não está a seguir, o que é pena.
Olho Vivo

Anónimo disse...

O AJS não tem capacidade para discernir as trapalhadas que o PS tem feito, só vê as trapalhadas que o PSD fez. Pense e não seja obcecado pelos partidos políticos, todos querem o poder, e as regalias para os grandes centros populacionais, e afinal só têm mendigos nas ruas, não falando nos criminosos que cada vez aumentam mais.
Virem-se para o interior sem rivalidades políticas e aproveitem todo o território para fortalecerem este País, que de dia para dia se afunda.

Anónimo disse...

Ora toma lá AJS. A agires assim, não vais longe. Defende a tua terra, acima de tudo, e deixa de vez a obsessão partidária. Só os burros é que não mudam. A pedro o que é de Pedro e a Maria o que é de Maria. Faz como o LVS. Este sim, defende o que é nosso. É de pessoas assim que nós precisamos. Toma lá, Bye, Bye...

Anónimo disse...

Parece que o sr. AJS precisa de ler o "DESPERTAR". Se tiver a oportunidade de o consultar, vai precisar de muita reflexão. Só assim será possível habilitar-se a poder ser útil à terra e às pessoas.